Reflexão e Fé

Divórcio não é legal para os filhos

Hugo Evandro Silveira Pastor Titular - Igreja Batista do Estoril. E-mail: hugoevandro15@gmail.com

01/09/2019 | Tempo de leitura: 3 min

A Bíblia orienta: "ensina a criança no caminho que deve andar" (Provérbios 22.6). Dificuldades demasiadas possuem pais divorciados na eximia tarefa de ensinar o bom e eficaz caminho a seus filhos. Quando o assunto é divórcio a consequência nos filhos tem gerado grande preocupação nos profissionais que se dedicam a minimizar esse desastroso efeito. Em tempo, devemos que lembrar que a separação é um novo projeto de vida dos pais - filhos de pais que decidem se separar são vítimas - logo, o divórcio machuca os pais, mas quem sofre mais são as crianças. Estudos mostram que dificilmente crianças mantem-se emocionalmente saudáveis frente a decisão do divórcio. A repercussão do divórcio nos filhos é traumática. Crianças mais novas, na idade pré-escolar, correm sérios riscos de apresentar regressão depois que um dos pais deixa o lar. Psicólogos revelam que algumas crianças chegam a urinar na cama, se tornam mais solícitas e demonstram medos e alterações sociais; e a crise aumenta mais quando o divórcio ocorre sob intensos conflitos, ressentimentos, disputas e privações. Crianças de 5 a 8 geralmente acabam demonstrando tristeza e declínio no rendimento escolar. Já os filhos de 8 a 12 anos, na grande maioria reage com raiva demonstrando ansiedade, solidão, humilhação e também declínio no desempenho escolar. Já os adolescentes em geral tendem a cair em depressão, raiva, rebeldia, agressividade, desorganização comportamental e menos propensos a fé.

Embora o divórcio não seja mais o estigma que era antes, ainda resulta em traumas nas crianças que nunca estão preparadas. Esse tipo de transformação no seio da família deixa marcas que permanecem na evolução do ser. Portanto, o divórcio não é um acontecimento neutro que a criança irá superar facilmente e rapidamente como alguns supõem a fim de aliviarem suas consciências. Pesquisas apontam que os efeitos do divórcio sobre os filhos são muito mais sérios e duradouros do que a maioria dos defensores do divórcio está disposta a admitir.

Como explicar a uma criança o novo e complexo momento oriundo da separação? A tensão se instala quando os pais comunicam que irão se separar e piora quando mais a frente se pede ao filho (a) para tomar partido, ou ainda quando os filhos passam a ser usados como objeto de chantagem entre as partes. Em geral, as crianças já memorizam impressões negativas quando recebem qualquer tipo de estímulo brusco, como, quando os pais elevam a voz durantes as brigas, quando fazem acusações mútuas, quando há explosões de raiva e etc. porem o divórcio, depois da morte, é a experiência mais traumática na criança. Na separação se instala um turbilhão de problemas na cabeça dos filhos: Mudança de rotina, saudade, raiva, tristeza, insegurança, stress, disputas, desarmonia, abandono, incertezas. A partir de então se a mãe proíbe, mas o pai libera, a própria criança tende a se tornar manipuladora. Para piorar, no ambiente pós divórcio crianças que vivem em famílias com a presença de padrastos são 2,7 vezes mais suscetíveis a abusos do que crianças que vivem em famílias estáveis formadas por pais biológicos. Após o divórcio, crianças recebem menos apoio emocional e, como 90% permanecem com a mãe, a necessária relação com o pai é dificultada.

Enfim, o impacto psicológico do divórcio em uma criança não é passageiro e causa problemas emocionais irreparáveis. O divórcio tem gerado efeitos que prejudicam as crianças em todas as cinco grandes instituições das sociedades: família, igreja, escola, trabalho e governo. O divórcio é uma arma de destruição, por isso na cosmovisão bíblica o próprio Deus demonstra sua repugna ao divórcio quando revela ao profeta Malaquias (2.16): "Eu odeio o divórcio, diz o Senhor Deus".

IGREJA BATISTA DO ESTORIL

57 anos atuando Soli Deo Glória

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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