Reinaldo Cafeo

Juros em 5,5% ao ano

22/09/2019 | Tempo de leitura: 2 min
JCNET

A taxa básica de juros foi rebaixada novamente: agora de 6% ao ano para 5,5% ao ano. É a menor taxa de juros praticada pelo Banco Central brasileiro. Isso foi possível em função de dois importantes fatores: 1) A inflação está baixa e controlada. 2) Há baixo crescimento econômico.

Explicando melhor

A baixa inflação e o fato de estar controlada são o primeiro e importante fator para reduzir os juros da economia. Trata-se de analisar a taxa real de juros, isto é, qual o tamanho dos juros acima da inflação. Considerando que tudo aponta para uma inflação abaixo de 4% para os próximos 12 meses, ficando mais perto dos 3,5%, reduzir 0,5 ponto percentual como foi à decisão, não altera o tamanho dos juros reais praticados. A taxa básica a 6% levava em conta inflação de 4% a 4,25% ao ano. O que vale é a diferença de taxa.

Crescimento mundial

Nada otimistas as projeções de crescimento econômico mundial. A OCDE - Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, reduziu de maneira considerável as previsões de crescimento da economia mundial para 2019 e 2020. Os resultados apontam para o menor nível de crescimento desde a crise financeira internacional de 2008/2009. A média de crescimento mundial será de 2,9%.

Brasil patinando, Europa desacelera

As projeções apontam para crescimento de 0,8% este ano no Brasil. Para 2020 o crescimento brasileiro foi rebaixado de 2,5% para 1,7%. Na Europa há desaceleração. A toda poderosa Alemanha crescerá, segundo a OCDE 0,5% este ano e 0.6% o ano que vem. Menos da metade projetada anteriormente. A economia britânica não passará do 1% depois do Brexit.

Estados Unidos e China

As duas principais economias mundiais devem desacelerar este ano, tendo os EUA um crescimento não mais de 2,8%, mas de 2,4% e em vez de crescer 5% o ano que, não passará dos 2,0%. A China deve crescer 6,1% este ano, queda de 0,1% na previsão inicial e o ano que vem deve chegar a 5,7%.

E eu com isso?

Menor crescimento mundial sinônimo de menor demanda por produtos importados. O Brasil como exporta muitas commodities, não terá na frente externa o desempenho necessário para movimentar a economia. Isso não ajuda a gerar emprego. Todos somos afetados, direta, ou indiretamente. Restará o foco no mercado interno, que precisa de renda e crédito. Como o desemprego ainda é elevado, a renda está baixa, o crédito poderá fazer a diferença. Resumindo: todos nós devemos fazer projeções realistas, pés no chão, sem exageros. O ano que vem será tão desafiador como tem sido este ano.

Mude já, mude para melhor!

Não confunda estar ocupado com ser produtivo. Por exemplo: dedicar boa parte do tempo para acessar as redes sociais pode nos manter ocupados, mas dificilmente gastar tempo demais nelas tornará nossos dias produtivos. Resumo: se ocupe de atividades produtivas. Mude já, mude para melhor!

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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