Reinaldo Cafeo

IPCA: deflação

13/10/2019 | Tempo de leitura: 2 min

O índice oficial de inflação no Brasil ficou em (-) 0,04% em setembro, portanto, houve deflação. Os dados foram divulgados pelo IBGE. O resultado foi o menor para o mês desde 1998, quando o IPCA - Índice Preços ao Consumidor Amplo em setembro daquele ano foi de (-) 0,22%. Com isso, a inflação acumulada desde janeiro é de 2,89% sendo que em 12 meses acumula avanço de 2,97%.

Deflação?

Temos três conceitos básicos na questão da evolução dos preços: inflação, que é a alta geral e contínua dos preços; a desinflação que é a queda da inflação, mas ainda fica no campo positivo e a deflação que ocorre quando os preços, em média, caem sobre o mês anterior, indo para o campo negativo. Com elevados estoques e aumento da oferta, notadamente dos alimentos, os preços não se sustentam.

Deflação é boa ou ruim?

Se fossemos pensar pela ótica dos consumidores, observar queda média de preço permite a compra de mais produtos. Portanto, a deflação é positiva. Por outro lado, deflação, considerando o baixo desempenho econômico brasileiro é ruim. É sinônima de economia debilitada, com elevados estoques, enfim, que o lucro não está vindo. Se a deflação perdura por um período longo haverá certamente queda nos investimentos produtivos. Sendo pontual, em um único mês, nada mais grave acorrerá.

Salário Mínimo: reajuste pela inflação

A regra que permitia ganho real anual no valor do salário mínimo já não vigora mais. Com a aprovação do texto-base da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2020 o valor fixado leva em conta somente a projeção da inflação acumulada, fazendo como o salário salte dos atuais R$ 998,00 para R$ 1.039,00. Desta maneira o valor do mínimo não terá ganho real, ou seja, acima da inflação. Ainda poderá ocorrer alguma alteração, à medida que a LDO ainda pode ser alterada pelos deputados e senadores, mas tudo indica que o critério não será modificado. Este reajuste, menor, ajuda no controle dos gastos da Previdência, principalmente ela, mas não auxilia na melhoria da distribuição de renda.

Tesouro Direto

Muita gente que tem dinheiro na caderneta de poupança tem analisado a possibilidade de sacar seu dinheiro o migrar para o Tesouro Direto. Neste caso, trata-se de adquirir títulos públicos. São ofertados papéis, seguros, que renderão uma determinada taxa de juros no período. Atualmente, sinaliza com 5,5% de ganho em um ano. Mas você perderia dinheiro com esta aplicação? Isso ocorrerá caso você queira vender os títulos no mercado antes do vencimento, nos leilões, e o apetite dos investidores for baixo. Seu ganho pode ser menor. Contudo, caso fique com o papel até o vencimento, o rendimento combinado virá. Entendo que vale a pena sair da zona de conforto da caderneta de poupança e buscar orientação para migrar, conscientemente, para outras modalidades de aplicação. Vale experimentar o Tesouro Direto.

Mude já, mude para melhor!

Com determinação, foco, e acima de tudo atuando com bons propósitos a recompensa virá. Aposte nisso. Sempre é tempo para mudar. Mude já, mude para melhor!

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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