Reinaldo Cafeo

Menor taxa de juros da história

15/12/2019 | Tempo de leitura: 3 min

Com a queda da taxa básica de juros para 4,5% ao ano (era 5% ao ano), o Brasil passa a praticar a menor taxa de sua história. Isso está sendo possível devido ao efetivo controle inflacionário, operando atualmente com algo próximo a 3,5% ao ano.

Queda dos juros reais

Além da queda da taxa nominal (de 5% para 4,5%), também ocorre queda na taxa real de juros. A taxa real é aquela apurada após ser descontada a inflação no período. Pelos patamares atuais esta taxa está em torno de 1% ao ano. Isso retira o Brasil do ranking das 10 maiores economias mundiais com juros reais elevados.

Cai rendimento das aplicações em renda fixa

Isso é imediato. A captação de recursos pelos agentes financeiros será realizada a uma taxa de juros menor. A referência do mercado passa a ser os 4,5% ao ano. A poupança, por exemplo, passará a render 0,26% ao mês a medida pelas regras atuais seu rendimento equivale a 70% da taxa básica (Selic). A taxa anual é de 3,15%. As demais modalidades consideradas "conservadoras" renderão menos, com são os casos do CDI (Certificado de Depósito Interbancário), CDB (Certificado de Depósito Bancário), LCA (Letra de Crédito do Agronegócio, LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e fundos que operam com papéis de renda fixa.

Rendimento maior em que?

Com a queda dos juros na renda fixa, o ganho maior virá com algum risco associado. A renda variável é uma opção, neste caso estamos falando de mercado de ações, também os fundos de investimentos imobiliários são boas opções. Os aluguéis de imóveis darão retorno superiores e investimentos no setor produtivo, ou seja, empreender, como são os casos de aquisição de franquias, indicarão ganhos superiores.

Na outra ponta, juros cairão mais lentamente

Como parte do estoque de "crédito" do sistema financeiro foi formado remunerando a captação a uma taxa maior do que a atualmente praticada, haverá um ciclo de aproximadamente 6 meses até que os juros caiam para o tomador de empréstimos. Considerando o conservadorismo e a concentração do setor bancário brasileiro, nada muito significativo é esperado, mas a queda ocorrerá.

Caixa já reduziu os juros

A Caixa Econômica Federal já anunciou a redução dos juros nos financiamentos imobiliários: 6,5% ao ano mais TR para quem tem relacionamento com o banco. A nova taxa passa a valer em janeiro de 2020.

O pano de fundo é o crescimento econômico

Como a queda dos juros não é artificial, isto é, tem respaldo nos fundamentos da economia, principalmente a controle inflacionário, o pano de fundo da atual decisão é ajudar a alavancar a economia, ou seja, fazer com que o Brasil tenha crescimento econômico, sem desequilíbrios. Menor taxa de juros estimula o consumo e desestimula as aplicações financeiras. Além disso, a rolagem da dívida pública interna torna-se mais barata. Agora é acompanhar os reflexos na economia. A decisão em reduzir os juros foi acertada.

Mude já, mude para melhor!

Sempre nesta época do ano vale a reflexão: estou trilhando um caminho seguro ou ainda me aventuro muito? Isso não tem a ver com risco e sim com planejamento e determinação. Aproveite o fim de ano para uma honesta reflexão. Mude já, mude para melhor!

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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