Contexto Paulista

Wilson Marini

Esta coluna, publicada pela Associação Paulista de Jornais, pode ser lida e atualizada em www.apj.inf.br - Publicação simultânea nos jornais da Rede Paulista de Jornais, formada por este jornal e outros 13 líderes de circulação no Estado de São Paulo

26/01/2020 | Tempo de leitura: 3 min

São Paulo, aos 466 anos

Com 12,2 milhões de habitantes estimados, a cidade de São Paulo tem população equivalente à dos Estados do Paraná e Santa Catarina. O número é próximo também do total de moradores de países como Grécia e Bélgica. Comparando aos Estados, a Capital paulista é superada em população apenas por Minas, Rio e Bahia, além do próprio Estado de São Paulo. Este sábado (25), foi o 466º aniversário da capital paulista, maior cidade brasileira e uma das principais metrópoles do mundo. No dia 25 de janeiro de 1554, foi rezada a primeira missa no local hoje conhecido como "Pátio do Colégio", marcando a fundação da cidade. Desde então, o município cresceu, industrializou-se e se tornou a economia mais sólida do País. A prefeitura programou perto de 300 atividades nas cinco regiões da cidade, incluindo shows, cinema, dança, teatro e circo, em 150 pontos nas ruas e equipamentos culturais.

Cidades dentro da capital

São Paulo, a capital, não é apenas uma cidade, mas um conjunto de "cidades" aglomeradas no seu espaço conurbado. As suas regiões periféricas têm perfil populacional e padrão de vida muito diferentes daquelas que ocupam as regiões centrais. Isso sem falar da Região Metropolitana de São Paulo, que reúne 39 municípios e é o maior polo de riqueza nacional, tendo São Paulo como epicentro de onde se irradiam o transporte e as comunicações com outros municípios interligados.

Um país

Parâmetros como esses dão ideia da magnitude da capital paulista e ilustram a dimensão e a diversidade de sua economia. Se fosse um Estado, o município de São Paulo seria a segunda economia do país, atrás apenas do Estado de São Paulo. A capital concentra 17% da atividade industrial do Estado e responde por um terço do PIB (Produto Interno Bruto) estadual. Seu PIB é mais que o dobro da segunda maior capital, o Rio de Janeiro. O setor de serviços é predominante e responde por quase 89% da sua riqueza - a média do Estado é de 77%.

Perfil paulistano

Algumas conclusões do estudo da Fundação Seade:

1 - A população é mais envelhecida no Centro Ampliado, enquanto as regiões Leste 2 e Sul têm população mais jovem;

2 - No Centro Ampliado, a parcela com ensino superior completo ou mais é quase o dobro das demais regiões. A região Sul concentra a maior proporção de pessoas com fundamental incompleto, seguida da região Leste-2;

3 - A taxa de desocupação dos residentes nas regiões mais periféricas é superior a do Centro Ampliado. Estão sem trabalho em São Paulo 825 mil pessoas. Há mais trabalho formalizado entre os residentes nas áreas centrais e mais informalidade nas regiões Sul e Leste 2. A região Leste concentra a maior proporção de ocupados da Capital (34,2%);

4 - A imagem de cidade verticalizada se refere apenas ao Centro Ampliado. As casas são predominantes nas demais regiões. A região Sul tem maior concentração de sobrados (53,3%);

5 - A parcela de paulistanos que percebem a presença de serviços básicos nas proximidades de sua residência é alta e semelhante em todas as regiões. Equipamentos de saúde são mais escassos na região Norte, seguida da região Leste-2 e Sul. As regiões Sul e Leste-2 tem a menor concentração de serviços bancários, hipermercados e equipamentos de lazer;

6 - Dois terços dos domicílios têm uma única fonte de renda - trabalho ou aposentadoria e pensões. Dos domicílios, 53% têm renda proveniente apenas de rendimento do trabalho, parcela que é maior na região Leste. O rendimento domiciliar per capita mensal em São Paulo corresponde a R$ 48,40 por dia;

7 - Exceto as idas para escola e trabalho, os principais destinos dos paulistanos são o comércio nas imediações de casa (35%), visitas a parentes e amigos (32,6%) e atividades de lazer (27,1%);

8 - Entre os paulistanos, 42% se deslocam a pé para seu principal destino no dia a dia e nos finais de semana, sendo que 22,3% dos paulistanos não saem no dia a dia ou finais de semana, exceto para estudar ou trabalhar. Segundo a Seade, as principais justificativas dos paulistanos que não costumam sair de casa no dia-a-dia ou final de semana são a preferência por ficar em casa e a falta de dinheiro.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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