Reflexão e Fé

Amor e rejeição

Hugo Evandro Silveira Pastor Titular - Igreja Batista do Estoril. E-mail: hugoevandro15@gmail.com

09/02/2020 | Tempo de leitura: 4 min

O Senhor Jesus repetidas vezes ordenou aos seus discípulos que amassem uns aos outros, que continuassem sempre amando uns aos outros, assim como Ele os amou (João 13.34). Todo cristão é um discípulo de Jesus, logo devemos nos amar uns aos outros como Ele nos amou! Não é um amor que vem naturalmente, pois se fosse não haveria necessidade de um mandamento; precisa de esforço, perseverança, altruísmo e vontade de obedecer ao que o Mestre mandou, e além do mais, essa virtude divina somente pode ser conseguida sob a atuação do Espírito Santo. A obediência ao mandado de Cristo é um requisito prévio ao discipulado, afinal a vida cristã envolve seguir as instruções de Cristo. Ele próprio entregou-se à morte a fim de nos oferecer salvação, provando o seu amor. Ele não requer que também nos entreguemos à morte a fim de provar o nosso amor, mas sim, ele requer-nos obediência naquilo que instruiu. Os evangelhos em Lucas 22.24 e João 13.5,15 nos conta que os discípulos de Jesus, certa noite, estavam em desentendimentos e ciúmes; nesse momento Jesus reiterou o mandamento do amor recíproco. Muitas vezes, o cristão em obediência as ordenanças de Jesus se encontra em conflito com o sistema social - ao obedecer seu mestre o cristão invariavelmente passa a ser desprezado, rejeitado, odiado até e sua popularidade vai a zero. O cristão vive um drama, ou se mantem firme no propósito de vida apresentado pelo Senhor Jesus ou protege a sua popularidade adaptada ao modelo social generalizado. A verdade é que o sistema jamais apreciará de forma plena um seguidor fiel do Senhor Jesus em sujeição aos princípios bíblicos. O mundo não se opõe tanto à ideia da existência de Deus. Se apenas dizemos que cremos em Deus, isso não influirá muito em nossa popularidade, mas a prova real, virá ao manifestarmos o nosso testemunho e atitudes perfilados aos valores de Jesus Cristo; ou seja, dificilmente o cristão fiel em sua conduta é benquisto. Na história vemos que tanto o secular quanto a religião se uniram em hostilidade contra Jesus Cristo nos tempos de seu ministério terreno. A respeito disso Jesus adiantou: "Isto vos mando: Que vos ameis uns aos outros. Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós, me odiou a mim. Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos odeia. Lembrai-vos da palavra que vos disse: Não é o servo maior do que o seu senhor. Se a mim me perseguiram, também vos perseguirão a vós; se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa" (João 15.17-20). Jesus está dizendo que os seus seguidores estariam no mundo, mas não eram do mundo, e que o mundo os odiaria assim como o odiaram.

A vida de um seguidor de Jesus é de obediência, abnegação ... renúncia. Enquanto os métodos das religiões apontam para a performance com promessas de benefícios, êxito e sucesso, o nosso Senhor nunca escondeu ou procurou abafar a possibilidade de privações, desvantagens e sacrifícios que viriam na vida daqueles que possuem o chamado de segui-lo. Ele mesmo havia dito aos seus discípulos em João 14 que iria preparar um lugar para todos os seus discípulos e que os receberia para si mesmo, mas que aqui nessa vida material seriam condenados ao ostracismo pela sua sociedade e logo os expulsariam e os tornariam marginalizados. Assim foi, é e sempre será.

Quem ainda segue a Jesus nega-se a si mesmo, toma a sua cruz, por decisão voluntária em submissão a ordem do mestre e peregrina na estrada da incompreensão e até da privação. Contudo, se com Cristo sofremos hoje, temos a promessa de que estaremos com Ele em seu Reino eterno (Romanos 8.17). Ingenuamente procuramos vez ou outra popularizar a "religião" cristã, usando todas as espécies de expedientes. Todavia, se nos mantivermos firmes na instrução da Palavra de Deus, iremos descobrir que mundo rejeita o Cristo em sua essência, logo seremos também rejeitados. Em seu amor, em suas instruções finais, Jesus estava avisando, preparando e treinando seus vocacionados sobre o que estava por vir. Sim, o Senhor sempre prepara os seus discípulos para o que está por vir. Se temos o anseio de seguir a Jesus, estejamos bem avisados e preparados para as aflições e rejeições, mas ainda assim, firmes no amor.

IGREJA BATISTA DO ESTORIL - 57 anos atuando Soli Deo Glória

CELEBRAÇÃO PÚBLICA: Domingo 19h

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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