Coluna Animal

Guarda responsável de cães e gatos = dignidade animal

Thaís Boonen Viotto Ferreira, presidente do Conselho Municipal de Proteção e Defesa Animal (Comupda) e presidente da Comissão de Proteção e Defesa Animal da OAB Bauru

22/02/2020 | Tempo de leitura: 3 min

Todo trabalho da Comissão de Defesa e Proteção Animal da OAB Bauru e do Conselho Municipal de Proteção e Defesa dos Animais está pautado na promoção da dignidade animal. Entendemos que os animais têm valor inerente e devem ser respeitados, logo, para nós, é direito dos animais doá-los vermifugados, vacinados, castrados e que os tutores sejam devidamente orientados sobre os cuidados com o animal adotado. Assim, mostramos aos adotantes e participantes de cada evento que a responsabilidade e os cuidados com animais tem que ser levados a sério, pois a guarda responsável começa com a proteção animal, irradiando seus efeitos e benefícios na sociedade.

Evitamos usar palavras como "dono", que remete aos animais como se fossem coisas destituídas de direitos, sentimentos. Usamos tutor. Também não usamos o termo "feiras de adoção", e sim campanha de adoção, pois os animais não estão expostos como coisa e disponíveis para qualquer um que queira levá-los sem critério. Os animais estão ali para adoção responsável, visando encontrar a família adequada, considerando suas características individualmente, tratando-o com dignidade. Exercer com responsabilidade a tutela dos animais impacta diretamente no meio ambiente, na vida do animal tutelado e na família em que está inserido. Sobre a castração, por sua grande importância, deixaremos para a próxima semana.

A vacinação e vermifugação são atitudes imprescindíveis de guarda responsável e dignidade animal e que deve começar com a proteção animal. Os animais têm direito a uma vida saudável, e isso depende de nós, humanos.

Pensando nisso e na uniformização das atitudes de guarda responsável da proteção animal em campanhas de adoção e em eventos de conscientização, o Comupda, que tem a atribuição legal de normatizar as ações da sociedade civil de proteção animal (ONGs), publicou deliberação sobre o assunto, traçando regras básicas a serem cumpridas nestes eventos pela proteção animal. Levar para a campanha de adoção animais em fase de lactação (ainda mamando), fêmeas e machos jovens e adultos sem castrar, cães e gatos sem vermifugacao e vacinas são vedações expressas.

Ainda deverão as ONGs, orientar os adotantes sobre todos os deveres que terão, sobre a obrigação de mantê-lo dentro de casa, de não permitir passeios desacompanhado, colocação de coleira com identificação, sobre a fase de adaptação, alimentação, hidratação etc. A motivação para que nos eventos de adoção os animais estejam com a vacinação é o fato de que o ambiente com filhotes juntos sem vacinação são propícios para o contágio de doenças.

Sobre isso, o médico veterinário Gabriel Alves Lima explica que manter a vacinação dos cães em dia evita as principais e mais mortais doenças do País, que são a cinomose, a parvovirose, a tosse dos canis e a leishmaniose, preservando-os de ficarem doentes ou representar algum risco para a família.

As vacinas básicas são V-10, Anti-rábica, Leischimaniose, a Bronchi ou tossi dos canis. Os felinos tomam a V-4 que auxilia o sistema imune e previne principalmente a rinotraqueíte, calicivirose e a clamidiose, e anti-rábica apenas.

A vermifugação é igualmente importante para a saúde do animal, do ambiente que vive e da família. Deve ser feita no mínimo a cada 4 meses e no máximo a cada 6. Ou quando houver um episódio de infestação, como sangue vivo nas fezes ou muco, animal andando de carrinhoou lambendo muito região anal, indicando coceira. Lembrando que a dose preventiva é realizada sempre em duas doses, com intervalo de 15 dias.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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