Reinaldo Cafeo

Radiografia do PIB brasileiro

08/03/2020 | Tempo de leitura: 2 min

O IBGE divulgou o resultado do Produto Interno Brasileiro em 2019. Muitas foram as análises, mas vamos explorar um pouco a geração de riqueza no Brasil que ficou em 1,1%. A radiografia do lado da oferta é o seguinte: setor primário da economia (agropecuária) crescimento de 1,3% se comparado a 2018. O setor secundário (indústria) cresceu 0,5%. Já o setor terciário (comércio e serviços) cresceu 1,3%.

Serviços em detalhes

O crescimento de 1,3% do setor de serviços, que representa aproximadamente 70% do PIB, foi puxado por 1,8% de crescimento do comércio; 2,3% de atividades imobiliárias; 4,1% de informação e comunicação; 0,2% de transporte, armazenagem e correio; 1% de atividades financeiras de seguros e serviços relacionados e 0% na administração pública e seguridade social.

Indústria em detalhes

O crescimento de 0,5% da indústria, que representa aproximadamente 25% do PIB, foi puxado por 1,9% de crescimento da eletricidade e gás, água, esgoto e atividades de gestão de resíduos; 1,6% da construção civil; 0,1% da indústria de transformação e (-) 1,1% indústria extrativa.

Lado da demanda

A radiografia pelo lado demanda, que leva em conta a equação Y = C I G X - M, teve o seguinte desempenho: o C, o Consumo das Famílias, cresceu 1,8% se comparada a 2018. O I, a variável Investimento, teve crescimento foi 2,2% no período. O G, Gasto do governo, caiu 0,4%. Já o X, de exportação, caiu 2,5%, enquanto o M, de Importação, cresceu 1,1%.

Visão crítica

Mesmo considerando que durante o decorrer de 2019 as projeções foram revistas para baixo, o resultado de 1,1% foi frustrante. No início do ano passado, a projeção indicava desempenho de 2,5%. Com o passar do tempo, os números foram revisados. Brumadinho, impactando no desempenho da Vale, e a morosidade em levar em frente as reformas estruturais, fizeram com que o otimismo fosse se transformando em frustração. O governo Bolsonaro repetiu o desempenho do governo Temer. O alento é que o País manteve o crescimento econômico, deixando para trás os períodos de recessão do governo do PT.

O que esperar daqui para frente

Em uma situação normal, considerando o bom ambiente de negócios, o Brasil poderia crescer no mínimo o dobro do que cresceu o ano passado. Eu disse poderia, mas o efeito do coronavírus ainda não pode ser mensurado. Os cenários são os seguintes: se houver contenção da epidemia no curto prazo, perderemos parte do crescimento, e de algo na ordem de 2,2,% a 2,5% previsto para 2020, o desempenho seria mais próximo de 2%. Agora, se houver demora no equacionamento da epidemia o crescimento poderá ficar abaixo de 1,5%. É hora de refazer as contas e estabelecer estratégias que permitem avançar ou recuar dependendo da dimensão do problema econômico que irá provocar o coronavírus.

Mude já, mude para melhor!

Quando não temos humildade em reconhecer nossas limitações e falhas, não crescemos como ser humanos. Reflita sobre o que fala, pensa e acima de tudo sobre como você age. Sempre é tempo para mudar, mude para melhor!

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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