Reinaldo Cafeo

Covid19: dinheiro não chega às empresas

10/05/2020 | Tempo de leitura: 3 min

A linha de crédito de R$ 40 milhões anunciada pelo governo para evitar demissões em massa durante pandemia não está disponível para milhares de pequenas e médias empresas. Para se ter uma ideia, somente 1%, isso mesmo, 1% do total valor total foi acessado até agora. Motivo? Burocracia. É que para acessar esta linha as empresas devem pagar os salários de seus funcionários via banco o que não é a realidade das empresas de pequeno porte.

Desconhecimento da realidade

Sem dúvida alguma, os burocratas do governo desconhecem a realidade. Um bar ou restaurante, por exemplo, paga seus funcionários em dinheiro ou cheque. Empreendedores de pequenos negócios também tem pouco acesso ao sistema financeiro. Um governo que desconhece a realidade do País não conseguirá implementar políticas públicas adequadas. Muito discurso, pouca ação.

Selic, menor da história

Surpreendeu o mercado a redução em 0,75 ponto percentual na taxa básica de juros no Brasil. O consenso era de queda de 0,5 ponto, mas o Banco Central ousou. A taxa Selic em 3% ao ano é a menor da história.

O que acontece com as aplicações financeiras?

A chamada renda fixa, aplicação conservadora, renderá menos. O Certificado de Depósito Interbancário (CDI), que é o parâmetro para este tipo de aplicação, caiu para 2,92% ao ano. A caderneta de poupança renderá somente 0,17% ao mês. Enfim, baixo rendimento na renda fixa.

O que acontece com juros de empréstimos?

Seria previsível que os juros para os tomadores de recursos caíssem à medida em que o custo de captação caiu. Mas os juros de empréstimos dependem do apetite dos bancos em emprestar. Em um momento de incertezas, com empresas no sufoco, isso talvez não seja realidade. Pode eventualmente ajudar nas renegociações de dívidas. Enfim, o Banco Central fez a parte dele. Vamos ver como o mercado reagirá.

De olho no orçamento familiar

Quem acompanha nossa coluna deve se lembrar que indicamos a regra 50, 15 e 35 como uma das formas de organizar o orçamento familiar. É indicado que 50% da renda líquida (renda bruta menos impostos) sejam canalizados para gastos essenciais. Outros 15% canalizados para prioridades financeiras e os restantes 35% para gastos com estilo de vida. Ficou mais que evidente que quem segue a regra, está enfrentando este momento de queda de renda de maneira mais confortável.

O corte nos supérfluos

Com a necessidade de ficar em casa, parte das famílias priorizou os gastos essenciais, como alimentação, conta de água, de energia, entre outros. Quem fez reservas financeiras, somadas a queda nos gastos supérfluos, têm folego adicional para enfrentar com dignidade este momento.

Curto, médio e longo prazo

Faça planos de curto, médio e longo prazo. Curto prazo é o tempo até o fim do ano. Projeções semanais e mensais devem ser revistas, afinal o dinheiro está curto. Em seguida, trace um plano para 2021. Além disso, projete suas finanças para 5 anos. Fazendo isso, você terá total domínio sobre as finanças da casa.

Família: cumplicidade

Aproveite que os membros da sua família estão mais tempo juntos e fale sobre dinheiro. Abra o jogo sobre a real situação financeira da família. Trace metas conjuntas e gere "cumplicidade" entre todos. Vamos lá, aproveite a oportunidade e assuma, em família, o controle das suas finanças.

Mude já, mude para melhor!

Mãe, Raiz do Amor. Com esta frase homenageio todas as Mães em todas suas formas. Sinto muita saudade da minha mãe e espero que todos os filhos valorizem aquelas que ainda estão entre nós. Raiz de Amor, sempre! Mude já, mude para melhor!

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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