Reinaldo Cafeo

Covid-19: desemprego em alta

31/05/2020 | Tempo de leitura: 3 min

Como já era esperado o desemprego subiu, fruto da forçada quarentena, tendo somente parte das atividades econômicos operação. Dados do IBGE apontam para aumento de 7,5% na quantidade de pessoas desocupadas no trimestre fechado em abril se comparado ao trimestre anterior. Foram mais de 800 mil empregos perdidos no período. São 12,8 milhões de brasileiros amargando o desemprego.

Mais de 28 milhões de trabalhadores subutilizados

O total da subutilização da mão de obra, que soma os desempregados, os que desistiram de procurar empregos e os que procuraram emprego e este não estava disponível, atingiu nível recorde. São, ao todo, 28,7 milhões de pessoas nessas situações. Para se ter uma ideia do que isso significa é maior patamar desde 2012.

Represamento

O cenário vai piorar porque há represamento das demissões. Com os acordos no tocante a redução de jornada, redução salarial e acesso a linhas de crédito desde que não ocorra a demissão dos trabalhadores, houve adiamento do enxugamento do quadro de funcionários o que inevitavelmente ocorrerá. Isso porque o nível de consumo agregado cairá e muitas empresas que estão feridas e sem musculatura para a retomada, infelizmente não terão outro caminho a seguir a não ser demitir.

Mulheres no comando: 39% das empresas interrompem suas atividades

Pesquisa do Instituto Locomotiva e da Rede Mulher Empreendedora aponta que 39% dos negócios comandados por mulheres interromperam suas atividades devido a paradeira provocada pela pandemia da Covid-19. O estudo levou em conta amostra de 1.165 entrevistas em todas as regiões do País. Do total pesquisado, daqueles negócios que ainda estão funcionando, 49% estão com movimento menor. Outro estrato da pesquisa apontou que um terço das entrevistas indicaram que o rendimento mensal chegou a zero. Consequências reais da paradeira nas atividades econômicas.

Comércio G20 em queda

O comércio internacional entre os Países que fazem parte das 20 maiores economias do globo, incluindo o Brasil, observou queda no primeiro trimestre deste ano como consequência da quarentena provocada pelo Covid19. Os dados da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) apontam que as exportações caíram 4,3% e as importações recuaram 3,9% quando comparados com o trimestre anterior. O nível atual está abaixo do verificado em 2017. Infelizmente a trajetória futura indica piora nos resultados.

Pequena queda nos juros e alta da inadimplência

Em meio aos efeitos da pandemia do Covid19 a taxa média de juros na economia brasileira observou pequena queda: de 33,3% ao ano em março para 31,3% em abril deste ano. Os dados são do Banco Central. Para as pessoas físicas a taxa média é maior, ficando em 44,5% ao ano. Já os juros para pessoas jurídicas ficaram em 15,8%, na média. Já a taxa de inadimplência subiu de 3,8% para 4% no mesmo período. Famílias e empresas em dificuldades financeiras não conseguem honrar seus compromissos. Tendência de alta deste indicador.

Conta de energia: bandeira verde até o fim do ano

Mesmo com a proximidade do período de estiagem a Aneel - Agência Nacional de Energia Elétrica anunciou que manterá a bandeira verde até o fim do ano na conta de energia. Com isso não haverá nenhum acréscimo até lá. A pandemia do Covid19 forçou esta correta decisão.

Entenda as bandeiras

A legislação permite cobrar tarifa adicional quando as termoelétricas são acionadas para complementar a geração de energia no País. Este tipo de geração de energia é mais cara e o consumidor paga por isso. As bandeiras são: verde, amarela, vermelha 1 e vermelha 2. Elas foram instituídas no Brasil em 2015, sinalizando ao consumidor o custo real da geração de energia. Quando é adotada bandeira verde, zero de acréscimo. Amarela: adicional de R$ 1,50. Vermelha 1: custo adicional de R$ 4,00 e vermelha 2, adicional de R$ 6,00 (todas para cada 100 KW/hora consumidos).

Mude já, mude para melhor!

O pior gestor não é aquele que toma a decisão errada e sim aquele que não decide. Pense nisso. Sempre é tempo para mudar. Mude já, mude para melhor!

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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