Reinaldo Cafeo

Finanças do lar: o que evitar

19/07/2020 | Tempo de leitura: 3 min

É normal, quando se trata de finanças do lar, que as pessoas peçam digas de como tirar o maior proveito da gestão financeira da casa. Vamos aqui alertar para o que deve ser evitado. A primeira coisa a ser evitada é não considerar sua renda efetiva. Muitas famílias vivem no mundo irreal. Adotam um padrão de vida incompatível com sua renda, exagerando nos gastos para manterem seu estilo de vida. Seja realista e tenha clara noção do quanto é sua renda líquida disponível.

Evite gastos com combustíveis

Muitas famílias fazem compras pequenas e mais frequentes em supermercados. Esta prática pode até ocorrer, contudo, o peso do preço dos combustíveis deve ser considerado. Caso a parada no supermercado, esteja em seu trajeto, tudo bem, mas sair de casa para efetuar pequenas compras, indo toda semana, pode elevar o custo no transporte. Compras maiores uma vez por mês podem trazer economia.

Evite "blindar" os filhos

Muitos pais e responsáveis acreditam que estão fazendo um bem aos filhos ao não falar de dinheiro. Esta "blindagem' deve ser evitada. Os filhos não podem pensar que seu orçamento é infinito. Um jogo limpo explicando a real situação financeira da casa é a melhor maneira de conquistar cumplicidade e disciplinar os gastos. Invista em educação financeira dos filhos.

Evite compras por impulso

Cada centavo do orçamento deve ser valorizado, portanto, planeje seus gastos e evite comprar por impulso. Considere sempre se aquele produto atenderá alguma necessidade efetiva e sua compra neste momento é realmente necessária.

Evite comprar só porque está na promoção

Muita gente é seduzida pelas promoções. Nem passava pela cabeça e tampouco estava planejada aquela compra, mas o fato de estar em promoção estimulou o consumo. Na mesma linha das compras por impulso, evite adquirir bens ou serviços sem necessidade.

E a CPMF?

Volte e meia o governo Federal sinaliza com a possibilidade da volta da CPMF, conhecida por todos nós como imposto do cheque. Até mesmo Marcos Cintra, na época secretário da Receita Federal perdeu o cargo por abrir o debate sobre o tema. Agora é o próprio Ministro da Economia, Paulo Guedes que volta a colocar o tema em pauta.

CPMF digital

A proposta agora apresentada seria para cobrar um percentual na ordem de 0,2% a 0,4% sobre as operações financeiras digitais. O tamanho da alíquota dependeria do tamanho da redução de outras tributos. Esta cobrança seria necessária para compensar a possível redução de tributos sobre os salários, encargos elevados que as empresas e os empregados pagam.

Reforma tributária

Pela natureza da CPMF, apesar de entender que ela é muito efetiva na arrecadação tributária, temo que seu impacto seja em cascata. Não podemos nos esquecer que quem paga os tributos é o consumidor final. As empresas são repassadoras dos tributos. Os empresários querem menor carga tributária para tornarem os produtos mais baratos e eventualmente aumentarem margem de lucro. Sinalizações isoladas, fora do contexto da necessária reforma tributária não contribuem para buscarmos soluções estruturantes para o País. Vamos aguardar.

Imposto negativo

O Ministro Paulo Guedes diz que tem estudos adiantado sobre o chamado imposto negativo. Isso nada mais é que do criar um mecanismo para o governo Federal depositar o equivalente a 20% do rendimento mensal do trabalhador informal em uma conta que se assemelharia à poupança, para ser sacada na aposentadoria. O País e o governo em especial, descobriram os brasileiros invisíveis. Algo que estimule a justiça social é bem-vindo.

Mude já, mude para melhor!

Há vários tipos de pessoas no mundo. Os que lutam pelo que acreditam e se expõe, e outras que além de só criticarem, ainda tentam, anonimamente, desqualificar aqueles que com coragem defenderem suas bandeiras. São pobres de espírito. Rezo por vocês. Mude já, mude para melhor!

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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