Wagner Teodoro

Ufa, que classificação dramática!

25/10/2020 | Tempo de leitura: 4 min

O Noroeste sofreu, mas garantiu a vaga nas semifinais da Série A3 do Campeonato Paulista. Após empate em um gol com o Nacional, no Alfredão - na partida de ida houve igualdade em 0 a 0 -, o time bauruense foi mais eficiente nos pênaltis, contou com 100% de aproveitamento de seus cobradores e com a eficácia do goleiro Pablo, obteve a classificação dramática entre os quatro melhores e aguarda seu oponente na reclassficação que haverá, de acordo com a pontuação acumulada ao longo das fases, dos semifinalistas. Agora, o Norusca está a dois jogos da promoção à Série A2.

Na etapa inicial, o Noroeste criou boas chances, mas não aproveitou. Foi castigado na primeira boa chegada do Nacional e ficou em desvantagem. No segundo tempo, Luiz Carlos Martins apostou em Leleco e a estrela do bauruense brilhou. O atacante empatou o jogo logo nos minutos iniciais. Na sequência, chances claras para os dois times, que desperdiçaram. O tempo foi passando, o ritmo caindo e as equipes acabaram se conformando e se preparando para as famigeradas penalidades. O Noroeste foi mais equilibrado e avançou. Ufa! Seria muito decepcionante, por tudo o que o time fez ao longo desta Terceirona, uma eliminação precoce. Todo um trabalho muito bem desenvolvido, liderança geral, que seria perdido. Agora, é se fortalecer com a dificuldade e melhorar o desempenho para encarar a elite da A3 que seguirá viva na competição.

80 anos do Rei

Reverenciado ao redor do globo, Pelé completou oito décadas de vida. Homenageado, elogiado, enaltecido. Eu fico com a Fifa: "nenhuma palavra vai fazer justiça a você". Falar de Pelé é cair inevitavelmente em clichês, porque quase nenhum outro atleta é tão unanimidade como o Rei do Futebol. Superlativos os lances plásticos, as estatísticas, a fama, o nome, que se torna adjetivo de talento com a bola nos pés. Tirando algumas partidas de máster, eu vi Pelé atuar em um confronto ao vivo apenas uma vez. Foi no jogo festivo de 50 anos do eterno craque, em 1990, em Milão. Brasil x Combinado do Resto do Mundo, que terminou com derrota verde-amarela por 2 a 1.

Eu, garoto, esperando ver o jogador que destruiu na Copa de 1970. Mas, 20 anos depois do tri no México, Pelé, com a camisa 10, que transformou em mítica, deu alguns dribles, finalizou, mas não fez gol. Saiu no finalzinho do primeiro tempo. Mas me trouxe uma emoção apreciá-lo em ação. Testemunhar sua movimentação e ter a honra de poder vê-lo em um jogo ao vivo pela Seleção Brasileira e não só em vídeos de melhores momentos ou em reprises de partidas antigas.

O agora octagenário está recluso e um ano marcado pela pandemia de coronavírus e vem diminuindo o ritmo de suas atividades em função de problemas de saúde. Mas em vídeo agradeceu a Deus por estar lúcido. E não poderia ser diferente. Ele tem reconhecimento universal como ícone do esporte que escolheu praticar. E parte desta história tem o nome de Bauru. O menino Edson, que se tornou Pelé nos campos e quadras bauruenses, levou para o mundo o que já fazia por aqui. Com a mesma naturalidade que passava pelos garotos no futebol menor da cidade, entortou e superou adversários e marcadores que encontrou por caminhos ao redor do mundo, chegou ao topo, se tornou o astro maior do futebol e se eternizou como ideal de excelência. Se Pelé é de Três Corações, um deles é certamente bauruense.

Pelo fim do golden set

O Sesi Vôlei Bauru ficou com o vice-campeonato estadual. Em uma final digna de gigantes com Osasco, pesaram os vacilos em sets iniciais e o time, principalmente na partida no ginásio Panela de Pressão, teve que se desgastar muito para buscar a incrível virada após estar com desvantagem de dois sets e perdendo a terceira parcial por oito pontos de diferença. Foi épica a reviravolta. E mais frustrante ainda para a torcida, por todo o enredo, a derrota no golden set. Aliás, uma reclamação justíssima de jogadoras e diretoria do Sesi é que o decidir um campeonato em um set é absurdo. Regulamento exdrúxulo. Dois times exaustos jogando todo o planejamento para competição em uma parcial. Estraga a decisão. A série final, no mínimo, tem que ser em melhor de três jogos. Para mudar isso, é importante dirigentes terem posicionamento firme com a Federação Paulista de Volleyball.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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