Coluna Animal

Esporotricose: mitos e verdades

19/12/2020 | Tempo de leitura: 2 min

Nesta semana a Coluna Animal vai abordar um assunto de extrema importância, que é uma doença chamada Esporotricose, que se manifesta em humanos e também, comumente, em felinos. Uma doença que pode ser facilmente evitada.

Esporotricose é uma micose causada por um fungo da espécie Sporotrix Schenckii, que está presente no solo, palha, vegetais, espinhos e madeiras. Por esse motivo, é conhecida como doença dos jardineiros e agricultores. A forma de transmissão é através do contato do fungo com a pele, decorrente de acidentes com espinho, lascas de madeira, palhas, contato com vegetais em decomposição. Não é transmitido pelo contato direto de pessoas para pessoas.

E o que isso tem a ver com os gatos? A médica veterinária Fabiana Sargasso, da Clínica Morada dos Animais, explica que como os felinos têm o hábito de arranhar árvores, lascas de madeira para afiar as garras, eles podem também se contaminar com essa doença.

Para evitar ser contaminado com essa doença, o ideal é tomar medidas preventivas, tais como: uso de luvas, roupas de mangas longas em atividades que envolvam o manuseio com terra, plantas e madeiras. Assim como também deve ser feita a higienização do ambiente contaminado (desinfetante adequado se tiver animal doente ) e a remoção de madeiras, palhas, folhas no quintal.)

Ao identificar lesões cutâneas em seu animal de estimação (caninos e felinos), leve ao médico veterinário o quanto antes para as orientações corretas e diagnóstico diferencial, pois existem várias doenças parecidas e somente um profissional habilitado consegue fazer o diagnóstico correto. Fabiana Sargasso orienta que seja feito o manejo do animal suspeito usando luvas e, caso seja confirmando o diagnóstico para Esporotricose, ela orienta a deixar o pet isolado durante o período de tratamento.

A médica veterinária recomenda que tutores de gatos usem somente areia higiênica própria para uso de pets para evitar que o animal se contamine com a doença. Em sua rotina de atendimentos veterinários, ela conta que tem observado que inúmeros felinos que não saem de casa têm se contaminado porque os tutores optaram por usar serragem (pó de serra) nas caixas de areia, que por sua vez podem estar contaminadas e acabam contaminado o felino.

Não há necessidade de sacrificar o animal que tenha contraído a doença, na maioria das vezes! Existe tratamento e somente um médico veterinário poderá prescrever. E em último caso, o profissional poderá optar pela eutanásia, caso a doença esteja em nível avançado e o animal esteja em sofrimento.

Leve seu pet regularmente ao médico veterinário, ele é o profissional responsável pela saúde de seu animal e também pela sua. Animais saudáveis não transmitem doenças e vivem mais. Quem ama cuida! Seja um tutor responsável!

Thaís Boonen Viotto Ferreira

Presidente do Conselho Municipal de Proteção e Defesa Animal de Bauru (COMUPDA)

Presidente da Comissão de Proteção e Defesa Animal da OAB Bauru (CPDA OAB Bauru)

Email: comupda@gmail.com

Facebook: https://www.facebook.com/comupda.bauru

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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