Reinaldo Cafeo

Banco Central aponta crescimento de 4,6%

27/06/2021 | Tempo de leitura: 3 min

O Banco Central do Brasil divulgou o Relatório Trimestral de Inflação e passou a estimar o crescimento de 4,6% da economia brasileira neste ano. A projeção anterior era 1 ponto percentual a menos, isto é, 3,6%. Esta revisão, segundo os técnicos do Banco Central (BC) foi necessária em função do bom desempenho da economia no primeiro trimestre, em que apresentou crescimento de 1,2%.

Outros fatores considerados

Além do bom desempenho do primeiro trimestre o Banco Central avalia que o PIB brasileiro terá bom desempenho em função de outros fatores tais como: recuperação parcial da confiança dos agentes econômicos, as medidas de preservação do emprego e da renda, o prognóstico de avanço da campanha de vacinação, os elevados preços de commodities e os efeitos defasados do estímulo monetário. Lembrando que o mercado projeta crescimento de 5%, última mediana do Boletim Focus. Amanhã o BC divulga novo Boletim Focus, vamos acompanhar as previsões do mercado.

R$ 140 mil para compra de veículos por PcD

A Câmara dos Deputados aprovou a Medida Provisória (MP) 1034/21 que, entre outros assuntos, limita o valor dos veículos comprados com desconto por PcD (Pessoas com Deficiência). Os carros novos com redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) têm o novo teto o valor de R$ 140 mil. Até agora o teto é R$ 70 mil. Apesar desta elevação ocorreu uma mudança: antes da MP não havia limite para a compra, mas agora o benefício só poderá ser usado a cada três anos por esse grupo de pessoas para aquisição de novos veículos. O texto incluiu os deficientes auditivos para uso do desconto.

O que vem acontecendo com o dólar?

A cotação do dólar tem oscilado nestes últimos dias abaixo dos R$ 5,00 - este valor não era atingido há praticamente um ano. Apesar deste patamar o real segue desvalorizado à medida que em outubro de 2018, quando o presidente Jair Bolsonaro foi eleito, e a moeda americana valia menos de R$ 3,70. Em 2 de janeiro de 2020, antes da pandemia, o dólar valia R$ 4,01. Durante a pandemia a cotação do dólar atingiu R$ 5,80 (maio de 2020). Dólar elevado auxilia os exportadores, contudo, torna as importações mais caras e indexa os preços internacionais, puxando a inflação para cima.

Real se fortaleceu em 15%

Afinal o que vem acontecendo para que o real se valorizasse em 15%? Algumas explicações. Uma delas é o dólar enfraquecido por mudança nos juros americanos. Com inflação mais alta o mercado avalia que a taxa básica de juros nos Estados Unidos terá que ser elevada. Outra explicação vem dos juros aqui no Brasil. A taxa básica saltou de 2% ao ano para 4,25% ao ano e a ata do Copom (Comitê de Política Monetária) aponta para novas altas nas próximas reuniões. Juros mais altos atraem o capital estrangeiro, aumentando a oferta de dólares no mercado.

E o futuro?

Se tem algo que é difícil estabelecer uma previsão técnica é a taxa de câmbio. O comportamento dos ofertantes e demandantes pela moeda estrangeira envolve muitas variáveis, como por exemplo, taxas de inflação, desemprego, juros, expectativas sobre o desempenho da economia, ambiente político, desempenho econômico do resto do mundo, decisões do Banco Central americano, entre outras. Um termômetro é o Boletim Focus, que traz a mediana das projeções do mercado (mais de 120 players) e a última projeção aponta para R$ 5,10 na virada do ano.

Ambiente de negócios

Tenho sentido otimismo no mercado, porém, ainda com uma certa trava, com muitos empreendedores adiando decisões de longo prazo. Não obstante esta constatação se tem algum momento para pensar em estratégia, ele é agora. Não adie mais.

Mude já, mude para melhor!

Não deixe que os pensamentos negativos prevaleçam neste momento. Mentalize coisas boas e acredite que tudo vai melhorar. Há muito por fazer e muito a superar. Sempre é tempo para mudar. Mude já, mude para melhor!

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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