Conversando com o Bispo

Jesus é maior do que a morte

28/06/2021 | Tempo de leitura: 3 min

Deus criou tudo para a existência da vida - Sb 1,13-15;2,23-25.

Na leitura da presente página do Livro da Sabedoria é possível apurar-se o conhecimento de que a morte não vem de Deus, mas ao contrário Deus criou o ser humano para uma vida imortal “e o fez à imagem de sua própria natureza”. Também está escrito que “foi por inveja do diabo que a morte entrou no mundo, e experimentam a morte os que ao diabo pertencem”. Em suma, Deus criou todas as coisas para a existência sem fim, porque a sua obra é para a vida que não termina. Ora, quem busca a Deus com um coração sincero e com as disposições espirituais de servi-lo trilha o caminho da justiça. Quem atribui a Deus a vida e o bem conhece a justiça. A justiça, segundo o autor dessa Palavra de Deus, leva à imortalidade. Assim sendo para o justo morrer é entrar na imortalidade, “pois a justiça é imortal”. Deus deseja a vida eterna para os seus filhos e filhas. Portanto, criou-os para estarem eternamente com Ele e serem felizes, porque Deus é amor e opera sempre a favor da vida.

Que a vossa abundância alivie a indigência dos pobres - 2Cor 8,7.9.13-15.

Paulo elogia os irmãos de Corinto, ressaltando o que eles têm em abundância: fé, eloquência, ciência, zelo para tudo e a caridade. Por isso apela à sua generosidade para fazerem uma coleta a favor da Igreja de Jerusalém, que era uma das comunidades pobres de então. A motivação invocada por Paulo vem do exemplo de Cristo “que era rico, fez-se pobre por vossa causa”. Todas as comunidades eclesiais formam a Igreja como um corpo único. Por isso, segundo o princípio da igualdade deve reinar em todas as Igrejas o dever do auxílio mútuo. Como escreveu Paulo, por causa de “uma caridade que nasce da fé e uma moral que nasce da teologia”. O que se deseja é que haja igualdade, para tal fim apela-se para a vossa generosidade. “Nas atuais circunstâncias, a vossa fartura supra a penúria deles e, por outro lado, o que eles têm em abundância venha suprir a vossa carência. Assim haverá igualdade, como está escrito: ‘Quem recolheu muito não teve de sobra e quem recolheu pouco não teve falta’”. Repartindo nossos bens com os pobres, imitamos o amor de Cristo.

Jesus é maior do que a morte - Mc 5,21-24.35-43.

O propósito perpétuo de Deus é que a morte física não seja o fim da vida, mas o fim seja a sua transformação em imortalidade. A reanimação da filha de Jairo, um dos chefes da Sinagoga de Cafarnaum, é uma prova disso. O pai aflito suplica a Jesus para que vá impor as mãos na filha, que estava nas últimas. Ela terá de morrer, fisicamente, em algum dia da vida como todos os humanos. Mas, nesse momento narrado por São Marcos, chegaram alguns da casa de Jairo para lhe comunicar que a sua filha acabara de morrer. Jesus ouviu a notícia e disse a ele: “Não tenhas medo. Basta ter fé!”. Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e seu irmão João e seguiram até a casa de Jairo. De fato, a menina morreu, mas essa morte aconteceu para que fosse demonstrada a glória de Jesus. Então Jesus entrou na casa e disse: “Por que essa confusão e esse choro? A criança não morreu, mas está dormindo”. Marcos conta que muitas pessoas que ali se encontravam começaram a caçoar de Jesus. Ele ficou só com o pai e a mãe da menina e os três discípulos que o acompanhavam e entraram no quarto onde estava a criança. Jesus, manifestando-se maior do que a morte, tomou a mão da menina e disse: “Talitá-cum”, que quer dizer: “Menina, levanta-te!” Ela levantou-se imediatamente e começou a andar, pois tinha doze anos. Todos ficaram admirados. Jesus recomendou com insistência que ninguém ficasse sabendo do acontecido. E mandou dar de comer à menina. Tudo isso aconteceu assim conforme São Marcos descreveu.

 

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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