Conversando com o Bispo

Não apenas ouvir a Palavra, mas cumprir

29/08/2021 | Tempo de leitura: 3 min

Último domingo de agosto: Dia Nacional do Catequista. É dedicado à oração, reflexão e ação nas comunidades sobre o tema da vocação do Catequista.

"É no coração que nascem as

imoralidades" - Mc 7,1-8.14-15.21-23.

Nesta página do Evangelho, São Marcos conta que os fariseus e alguns mestres da Lei vieram de Jerusalém para se encontrar com Jesus. Vendo que alguns dos seus discípulos comiam o pão sem antes lavar as mãos, conforme ordena a tradição, aproveitaram para questionar Jesus acerca deste e de outros costumes sobre "puro e impuro", tais como a maneira de lavar copos, jarras e vasilhas de cobre. Eles perguntaram a Jesus: "Por que os teus discípulos não seguem a tradição dos antigos e comem o pão sem lavar as mãos?" Jesus respondeu: "Bem profetizou Isaías a vosso respeito, hipócritas, como está escrito: 'Este povo me honra com os lábios, mas seu coração está longe de mim. De nada adianta o culto que me prestam, pois as doutrinas que ensinam são preceitos humanos'. Vós abandonais o mandamento de Deus para seguir a tradição dos homens". Jesus falou à multidão: "Escutai e compreendei: o que torna impuro o homem não é o que entra nele vindo de fora, mas o que sai do seu interior. Pois é de dentro do coração humano que saem as más intenções, imoralidades, roubos, assassínios, adultérios, ambições, maldades, fraudes, devassidão, inveja, calúnia, orgulho, falta de juízo. Todas essas coisas más saem de dentro e são elas que tornam impuro o homem". Segundo Jesus, o critério para uma tradição ser considerada válida consiste em verificar se ela auxilia a pessoa na prática dos Mandamentos, sobretudo na vivência do amor a Deus e ao próximo, e a manter o coração unido a Deus.

A religião verdadeira é vida

no amor - Tg 1.17-18.21-22.27.

Na página desta Carta São Tiago está a dizer aos cristãos de origem judaica, dispersos pelo mundo greco-romano, ensinamentos importantes para uma correta vida cristã, que valem ainda hoje para todos nós. Recebei humildemente a Palavra de Deus que é capaz de salvar as vossas almas. Todavia, tornai-vos praticantes da Palavra e não meros ouvintes. A fé se demonstra pela prática e pelo concreto das boas obras. Tudo o que temos de bom é dom de Deus. Deus é o Pai das luzes que ilumina todo o orbe criado e afasta todas as trevas. A Palavra de Deus, que é luz, ilumina o nosso caminhar pelo mundo, mostra a face de Deus e revela a nova Lei, que é lei de liberdade. Por fim, diz que "A religião pura e sem mancha diante de Deus Pai é esta: assistir os órfãos e as viúvas em suas tribulações e não se deixar contaminar pelo mundo".

Nada tirar nem acrescentar à

Lei de Deus - Dt 4,1-2.6-8.

Ao povo que está para entrar na Terra Prometida, Moisés diz que Deus lhe oferecerá como guia e guardião a sua Palavra que contém leis e preceitos que iluminam o coração e a mente, a fim de que todos possam se encontrar com Deus, os irmãos e os estrangeiros. Deus mesmo promete a Israel que o acompanhará com a nuvem luminosa da sua Palavra e o escutará nas suas súplicas. E que estará sempre próximo de seu povo com a sua presença, desvelo e misericórdia. Deus confia que seu povo observará o pacto de "afastar a fácil pretensão de 'acrescentar ou suprimir' seja o que for aos seus preceitos. A Lei de Deus é um tesouro de sabedoria, que suplanta as leis e filosofias dos outros povos. Ela expressa com clareza o que é para fazer e o que é para deixar. Inclusive servirá para garantir a posse pacífica da Terra Prometida e como um testemunho de Deus entre as nações, pois qual é o povo que tem um Deus tão sábio?

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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