Reinaldo Cafeo

Inflação atinge todas as faixas de renda

29/08/2021 | Tempo de leitura: 3 min

É certo que os mais pobres pagam um preço elevado pela alta dos preços, mas a inflação vem atingindo todas as faixas de renda. Os alimentos foram os grandes vilões no orçamento doméstico dos mais pobres e continuam sendo. Alguns exemplos da carestia: o quilo da carne subiu o equivalente a três vezes a inflação oficial que na última prévia acumula 9,30% em 12 meses. O óleo de soja aumentou mais de oito vezes a inflação no período.

Preços estão contaminados

Além dos preços dos alimentos, este ano alguns componentes contaminaram a maior parte dos preços da economia. Sendo insumos necessários de outros produtos o diesel, a energia elétrica, são exemplos desta contaminação. Aqui atinge também os mais abastados. Já os mais pobres são penalizados com o custo de gás de cozinha, com alta de 30% em 12 meses. Há previsão de alta nos preços de vários serviços. Mais inflação na veia.

E agora?

O consumidor infelizmente terá que ser criativo. Substituir produtos, reduzir o consumo de outros, reunir a família e buscar soluções conjuntas, enfim, assumir o controle do orçamento da casa. Já por parte do governo a expectativa é que as políticas macroeconômicas sejam utilizadas em sua plenitude. Combinar as políticas monetária, fiscal, cambial e rendas é o mínimo que se espera da equipe econômica. Vamos ver.

Contas externas no vermelho

Depois de três meses de superávit nas contas externas, o resultado das transações correntes (resultado da soma dos saldos da balança comercial, balança de serviços e transferências unilaterais) do Brasil apresentou saldo negativo em julho. Na relação com o resto do mundo as transações correntes fecharam no vermelho em US$ 1,584 bilhão. Os dados são do Banco Central. No mesmo mês do ano passado o resultado também foi negativo: US$ 646 milhões.

Balança comercial no azul

O saldo da Balança Comercial (exportação menos importação de bens) foi positivo em US$ 6,271 bilhões em julho, enquanto as demais contas ficaram negativas, ou seja, o esforço em exportar não compensou o envio de recursos líquidos para os outros países, como juros, fretes, dividendos, entre outras contas financeiras. É um mês pontual, contudo, saldo de transações correntes negativo exige balança de capital positiva. Como o regime de câmbio é flutuante, é preciso manter boa oferta de moeda estrangeira no País. Em jogo a cotação do dólar que já é impactada por questões não econômicas, como por exemplo, questões políticas.

Consumo de energia em alta

O consumo de energia elétrica no Brasil, na primeira quinzena de agosto avançou 1% em relação ao mesmo período de 2020. São 60.689 megawatts médios, informou a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Este resultado tem a ver com avanço significativo no mercado livre de 7,8% comparado com 2020. Este segmento atende indústrias e grandes redes comerciais e é responsável por 35% do consumo do País. Os preços em alta refletem o aumento da demanda.

CAGED: Brasil cria 316 mil vagas de trabalho formais

Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) apontam para criação líquida de 316.580 vagas formais de emprego, com carteira assinada, em julho deste ano. Os dados são do Ministério do Trabalho. Foram admitidos 1.656.182 e demitidos 1.339.602. O salário médio de admissão caiu 1,25% na comparação com o mês anterior, atingindo R$ 1.801,99.

CAGED: no acumulado, mais de 1,8 milhão de empregos

Considerando os dados acumulados de janeiro a julho deste ano, os números são: admissões 11.255.025 e demissões 9.406.721, atingindo um saldo líquido de 1.848.304 empregos. São 41.211.272 de empregos formais em nível Brasil, representando uma variação de 0,77% em relação ao mês anterior.

Mude já, mude para melhor!

Em momentos de tensionamento político, com o aumento na temperatura nas discussões, a ponderação de cada um nós faz toda diferença. Não aja por impulso, respire forte antes de se posicionar e se possível reflita sobre o real custo/benefício de seu posicionamento. Sempre é tempo para mudar. Mude já, mude para melhor!

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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