Reinaldo Cafeo

Com vaca louca, preço da carne cai

12/09/2021 | Tempo de leitura: 3 min

Com a suspensão das importações da carne brasileira por parte da China, por conta da confirmação da infecção de dois bovinos pela doença chamada Encefalopatia Espongiforme Bovina, mais conhecida como "vaca louca", o preço do produto caiu. A lógica é que, com menos exportações, sobram mais produtos internamente, portanto, com oferta ampliada, sem crescimento proporcional na demanda, os preços caiam ao consumidor.

Efeito de curta duração

A má notícia é que esta queda terá curta duração. Em breve, a China voltará a comprar a carne brasileira. Além disso, há escassez do produto no mundo inteiro, portanto, o que forçaria a China a abreviar a suspensão. Dica: se tiver freezer aproveite a baixa nos preços e armazene.

IGP-DI recua 0,14%

A inflação medida pela FGV cedeu e fechou negativa em 0,14% em agosto. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI), que responde por 60% do indicador geral, passou a cair 0,42% em agosto. As Matérias-Primas Brutas cederam 4,17%. O preço do minério de ferro teve queda de 21,39% em agosto, puxando o índice para baixo. Se excluirmos este item da análise, as demais Matérias-Primas teriam fechado em alta de 2,48%. Isso é um indicativo que a inflação continua a pressionar.

IPC e INCC

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que pesa 30% no índice geral, apresentou alta de 0,71% diante de alta anterior de 0,92%. O Índice Nacional de Custo de Construção (INCC) registrou em agosto alta de 0,46%, contra avanço de 0,85% em julho. No acumulado em 12 meses o IGP-DI acumula 28,21%.

Inflação: Brasil ocupa terceira posição no ranking na América Latina

A inflação brasileira ocupa a terceira posição no ranking dos Países da América Latina. Com inflação na faixa de 9% ao ano, o Brasil fica abaixo da Argentina com 51,8% e Haiti com 17,9%. Os dados são do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getúlio Vargas. Lembrando que as principais economias mundiais enfrentam problemas com a alta de preços, gerada pela pandemia. Os preços das commodities são os principais vilões. Lembrando que no ranking da América Latina não foi considerada a inflação da Venezuela que enfrente um colapso econômico, distorcendo os indicadores necessários para a comparação com outros Países.

Não se esqueça da regra 50,15 e 35

Tenho insistido em nossa coluna que as famílias precisam organizar o orçamento do lar. Sem planejamento e controle, as coisas ficam soltas, e há total descontrole das contas do dia a dia. Uma dica é introduzir a regra 50, 15 e 35. Já trouxemos como a regra funciona, mas chegou a hora de reforçar este conceito. O 50 da regra, é a dica para a família gastar no máximo 50% da renda líquida (renda bruta menos tributos) em bens e serviços essenciais. O 15, é a dica para gastar no mínimo 15% da renda líquida em suas prioridades financeiras. O 35, é a dica para destinar no máximo 35% da renda líquida em seu estilo de vida.

Detalhando a regra

Os gastos essenciais são aqueles imprescindíveis para a sobrevivência de sua família. São exemplos os gastos com alimentação, moradia, saúde, educação e transporte. Já as prioridades financeiras são seus passivos (suas dívidas) ou um ativo (poupar ou investir). Enquanto o estilo de vida são seus gastos com supérfluos, aquilo que pode ser adiado. Quando fizer o levantamento e estes percentuais estiverem desbalanceados, comece reduzindo os gastos com seu estilo de vida. Também é possível com criatividade e mudança de marcas, reduzir os gastos com bens e serviços essenciais. Tenha disciplina e não abra mão em destinar no mínimo 15% para suas prioridades financeiras, principalmente, para poupar ou investir.

Mude já, mude para melhor!

Seja sujeito de sua história e não se deixe ser manipulado por quem nem sempre tem boas intenções. Pratique seu senso crítico. Mude já, mude para melhor!

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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