Chegou há alguns meses a conta do "a economia a gente vê depois". Quando boa parte da economia está operando em seu mínimo e para alguns no nível zero, o Brasil e o resto do mundo identificaram acomodação dos preços, sendo que em alguns casos, tivemos deflação. Represamos a demanda dos consumidores e não foi possível manter estoques regulatórios, resumo da opera: apetite do consumidor, sem a oferta de produtos e serviços na mesma proporção, os preços subiram.

A potencialização no Brasil

Simultaneamente a elevação de preços pelo descompasso entre oferta e demanda por bens e serviços tivemos a chamada inflação de custos. A tensão política brasileira e as incertezas fiscais elevaram a cotação do dólar, parâmetro para vários preços da economia. Também o início da recuperação econômica em vários países, grandes compradores de nossos produtos, elevaram as exportações brasileiras, impactando na oferta interna de produtos. E se tudo isso não bastasse, o setor de serviços retardou a sua retomada, e agora, é outro fator de impacto nos preços. E ainda tem a crise hídrica, elevando o custo na geração e energia, e para se ter um inferno perfeito, a OPEP continua mantendo o preço do petróleo em nível elevado.

Desaceleração lenta

Alguns preços já dão sinais de desaceleração, principalmente o grupo de alimentos e bebidas. Mas a previsão é que os preços caiam lentamente, nos levando a projetar que uma melhoria significativa se dê a partir do segundo trimestre do ano que vem. Até lá teremos juros mais elevados e ações de política econômica visando segurar a onda, derrubando o acumulado em 12 meses de dois dígitos, para um dígito somente.

Tem previdência privada? Revisite seu plano

Aqueles que estão de olho no futuro fizeram um plano de previdência privada. Como qualquer aplicação financeira, é preciso constantemente revisitar o plano. Considere ainda o fato de a cada fase de sua vida, a perspectiva é diferente, principalmente na questão tributária.

PGBL é bom em certa fase da vida

Uma das modalidades disponíveis é o Plano chamado de PGBL (Plano Gerador de Benefícios Livres). A grande vantagem desta modalidade é o incentivo fiscal: é possível deduzir até 12% da renda bruta anual da base de cálculo do imposto de renda. Neste caso o beneficiário deve declarar sua renda pelo modelo completo. Funciona assim: deduz o imposto de renda agora e paga quando sacar. Neste caso o imposto de renda no saque incidirá sobre o capital total e não somente sobre o ganho de capital. Avalie agora: nesta fase de sua vida ainda faz sentido esta dedução do imposto de renda? Se não mais, cada depósito que você faz atualmente estará sujeito ao imposto de renda que pode, na melhor das hipóteses (regressivo) ser de 15%.

VGBL é alternativa

Outra modalidade é o VGBL (Vida Gerador de Benefícios Livres). Neste caso não há o incentivo fiscal, portanto, não há dedução agora do valor do imposto de renda, contudo, quando sacar o imposto de renda incidirá somente sobre o ganho de capital. Para algumas pessoas esta modalidade faz mais sentido nesta fase da vida.

Portabilidade

Fique de olho na rentabilidade do fundo e suas taxas. Além de analisar os pontos aqui citados, compare seu fundo de previdência com o de outras Instituições. A legislação atual permite a portabilidade, isto é, migrar seu fundo, sem custo algum, para outro fundo que tem melhor condições.

Mude já, mude para melhor!

A ética indica que devemos respeitar a todos inclusive colegas de profissão. Tem gente que para impor sua opinião, passa por cima desta regra simples. Pense nisso. Mude já, mude para melhor!