Conversando com o Bispo

V Dia Mundial do Pobres

14/11/2021 | Tempo de leitura: 3 min

Hoje a Igreja celebra o Dia Mundial dos Pobres em sua quinta edição. O Santo Padre o Papa Francisco convida a Igreja e a sociedade para não apenas se reconhecerem também pobres, mas "ficarem à espera que os pobres batam à nossa porta". Para o Papa, é "urgente ir ter com eles às suas casas, aos hospitais e casas de assistência, às estradas e aos cantos escuros onde, por vezes, se escondem, aos centros de refúgio e de acolhimento... É importante compreender como eles se sentem, o que estão a passar e quais os desejos que têm no coração".

O Papa Francisco lançou um convite para a realização da V Jornada Mundial dos Pobres que no Brasil foi implementada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e marcada por uma série de ações programadas desde o seu lançamento até o dia de hoje, com o lançamento do Manifesto pela Vida (texto, vídeo e áudio).

No Brasil adotou-se o tema: "Sentes compaixão?". É um convite a não ter indiferença frente ao sofrimento das pessoas em situação de vulnerabilidade e à crescente pobreza socioeconômica que assola mais de 51,9 milhões de brasileiros. O lema bíblico que inspira esta celebração é: "Sempre tereis pobres entre vós" (Mc 14,7).

O Papa nos convida a refletir sobre as seguintes questões:

- Que caminho é necessário percorrer para que as desigualdades sociais possam ser superadas e restituída aos pobres sua dignidade humana tantas vezes espezinhada? Como se pode dar uma resposta palpável aos milhões de pobres que frequentemente, como resposta, só encontram a indiferença, quando não a aversão?

- Os pobres não são pessoas externas à comunidade, mas irmãos e irmãs cujo sofrimento se partilha, para abrandar o seu mal e a marginalização, a fim de lhes ser devolvida a dignidade perdida e garantida a necessária inclusão social.

- Além do mercado que ignora ou discrimina os princípios éticos e cria condições desumanas que se abatem sobre pessoas que já vivem em condições precárias, criando incessantemente armadilhas novas da miséria e da exclusão, produzidas por agentes econômicos e financeiros, desprovidos de sentido humanitário e responsabilidade social, o Papa aponta a pandemia como uma praga que multiplicou ainda mais o número de pobres.

O Papa Francisco afirma ser urgente dar respostas concretas a quantos padecem com o desemprego que atinge de maneira dramática pais de família, mulheres e jovens. Diz ele: "A solidariedade social e a generosidade de que muitos, graças a Deus, são capazes, juntamente com projetos clarividentes de promoção humana, estão a dar e darão um contributo muito importante nesta conjuntura". Ele pontua ainda que a assistência imediata para socorrer às necessidades dos pobres não deve impedir de ser clarividente a fim de que novos sinais do amor e da caridade cristã sejam propostos como respostas às novas pobrezas que a humanidade experimenta hoje.

A V Jornada Mundial dos Pobres no Brasil é organizada pela CNBB em parceria com Pastorais Sociais e organismos da Igreja no Brasil como por exemplo a Cáritas Brasileira entre outras entidades e associações.

Concluindo a sua mensagem, o Papa afirma: "Faço votos de que o Dia Mundial dos Pobres, chegado já à sua quinta celebração, possa radicar-se cada vez mais nas nossas Igrejas locais e abrir-se a um movimento de evangelização que, em primeira instância, encontre os pobres lá onde estão".

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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