Conversando com o Bispo

Alegrai-vos sempre no Senhor

12/12/2021 | Tempo de leitura: 3 min

Terceiro domingo do Advento: Neste terceiro domingo do Advento, ao se iniciar a santa Missa se acende na coroa do Advento a terceira vela, sinal da alegria, que faz lembrar que o Natal está chegando. Só para se recordar, nos dois primeiros domingos do Advento já foram acesas duas velas, respectivamente a primeira simbolizando a esperança e a segunda, a paz. E no próximo domingo, o quarto, será acesa a quarta e última vela, como símbolo do amor, porque quem está para nascer é Deus que é amor feito carne. Resumindo o tempo do Advento, a Liturgia nos vem motivando a percorrer uma caminhada de preparação para o Natal, em ambiente litúrgico de cor roxa, significando o espírito penitencial de conversão a Deus que caracteriza o Advento. Neste domingo de hoje, porém, se faz uma pausa para que tome lugar a alegria, representada então, pela cor rosa, podendo flores enfeitar o altar, a fim de nos animar a prosseguirmos jubilosamente até o Natal porque o Senhor está perto. A razão dá-nos a Antífona da entrada à santa Missa que ecoa São Paulo: "Gaudete in Domino semper!", isto é, "Alegrai-vos sempre no Senhor. De novo eu vos digo, alegrai-vos! O Senhor está perto" (Fl 4,4s). Exatamente por causa da proximidade de Deus é que hoje é domingo de alegria.

No trecho evangélico da Missa de hoje - Lc 3,10-18 - São Lucas apresenta João Batista como homem enviado por Deus que anuncia ao povo a Boa Notícia. São Lucas destaca que os grupos de pessoas que procuravam pelo Batista eram pessoas sedentas de conhecimento e instrução tais como "publicanos, soldados, mulheres" e, genericamente, "multidões". Estes são os destinatários preferidos de Lucas, os quais também o foram de Jesus. Com efeito, este público preferencial de Lucas é que veio perguntar a João Batista: "O que devemos fazer?" O Batista apresenta uma proposta de vida. Ao povo convida à solidariedade e ao amor fraterno, aos cobradores de impostos exorta a serem honestos e justos, aos soldados que não sejam violentos e não se aproveitem da força das armas para oprimir e espoliar. Em suma, João Batista pede conversão de vida, acompanhada de gestos concretos de amor a Deus e ao próximo. Uma nova relação se instaura com Deus pelo perdão dos pecados, com o próximo pelo amor e solidariedade nas suas necessidades. Em seguida, ele esclarece que não é o Messias, mas apenas que o acolhe e o apresenta ao povo: "Eu vos batizo com água, mas virá aquele que é mais forte do que eu. Eu não sou digno de desamarrar a correia de suas sandálias. Ele vos batizará no Espírito Santo e no fogo. Ele virá com a pá na mão: vai limpar sua eira e recolher o trigo no celeiro; mas a palha, ele a queimará no fogo que não se apaga". Lucas arremata o trecho de seu Evangelho, dizendo sobre João Batista que: Ainda de muitos outros modos João anunciava ao povo a Boa Nova".

Ó Senhor, convertei-nos a vós, para que com espírito novo saibamos dividir com nossos irmãos o que temos e tornar digna de fé nossa esperança. Amém.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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