Coluna Animal

Projeto Ronronar

26/02/2022 | Tempo de leitura: 2 min

A Coluna Animal desta semana, dando continuidade às homenagens ao dia do gato, comemorado no último dia 17, vai falar sobre o projeto Ronronar, que também faz um excelente trabalho voluntário visando o controle da população felina em nossa cidade.

O Projeto Ronronar é de iniciativa das amigas e apaixonadas por felinos, Ana Laura Carmo, Caroline Casselati, Debora Fiorani e Gabriela Lima. A ideia de fazer o projeto surgiu há 7 anos, durante uma aula na faculdade sobre responsabilidade social que uma das integrantes estava assistindo. As voluntárias fazem o trabalho inspirado no método internacional de controle da população felina, a metodologia C. E. D, que significa “captura, esterilização e devolução”, e são pioneiras na cidade no uso desse método.

Os felinos são capturados, castrados e aqueles que são bravios e que não tem condições de serem colocados para adoção voltam para a local em que foram capturados, porque, mesmo que fiquem na rua, pelo menos param de se reproduzir e diminuem as brigas com outros gatos por disputa de território. Com o controle da população de gatos, também diminui o sofrimento desses animais, que muitas vezes não tem o que comer, o atropelamento, envenenamento e tudo o que um animal pode sofrer nas ruas.

Além das castrações dos gatos que vivem nas ruas em grupos (colônias de gatos), o Projeto Ronronar também faz castrações de gatos de pessoas de baixa renda que tenham muitos animais e que não conseguem castrá-los, apenas alimentá-los, o que já é um bom trabalho, considerando a crise econômica que estamos vivendo em função da pandemia e a alta no preço das rações, porém alimenta-los não é suficiente, é necessário também castrá-los. O Projeto Ronronar também trabalha com educação, informando os tutores que os felinos não devem, em hipótese alguma, darem voltinhas na rua, sob o risco de serem atropelados, envenenados, não voltarem para casa, etc. Nos imóveis, é importante que não tenham rotas de fugas para os gatos escaparem, seja casa ou apartamento.

As castrações dos felinos são feitas em clinicas particulares, onde eles também recebem a vacina anti-rábica (importada) e um “pic” (corte) na orelha esquerda, que é um sinal indicativo de que foram castrados. Assim, se outra pessoa for capturar o gato para castrar, saberá que esse já passou pelo procedimento, já que se trata de uma marcação internacional. Desta forma, evitamos que o mesmo gato sofra o stress de uma captura desnecessária e a consequente abertura da barriga pra fazer cirurgia, no caso das fêmeas. O corte na orelha é feito enquanto o gato está sedado, durante a castração.

Gostou do projeto Ronronar? Quer saber mais informações? Quer ser voluntário? Quer contribuir? Entre em contato pela Instagram @projetoronronarbauru para conhecer o trabalho de excelência deste grupo, que muito contribui com o controle da população de felinos em nossa cidade e com a educação dos tutores dos felinos.

Thaís Viotto - Presidente do Conselho Municipal de Proteção e Defesa Animal de Bauru (COMUPDA) e da Comissão de Proteção e Defesa Animal da OAB Bauru (CPDA OAB Bauru). 

E-mail: comupda@gmail.com

Facebook: http://www.facebook.com/comupda.bauru/

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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