Jesus sendo judeu naturalmente celebrava a Páscoa, contudo ele ampliou a interpretação da Páscoa judaica. Jesus foi traído, preso e morto justamente durante essa celebração em Jerusalém, mas após a sua morte, ressuscitou ao terceiro dia, em um domingo. Pouco antes de ser traído, Jesus comeu o cordeiro pascal junto a seus discípulos, e ampliou o significado do evento. Agora seus seguidores passariam a celebrar a Páscoa não mais em memória da libertação do Egito, mas em memória dEle, o "Cordeiro de Deus" que seria sacrificado voluntariamente pelos pecados de muitos, referindo-se à sua morte de cruz. Portanto, cristãos celebram a Páscoa sob o entendimento do sacrifício de Jesus, o Cordeiro de Deus que impede a morte daqueles que possuem a marca do seu sangue místico, a saber, os que creem. Como disse Jesus: "Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá; e quem vive e crê em mim, não morrerá eternamente" (João 11.25,26). O foco da Páscoa em Jesus se encontra em sua ressurreição como princípio da fé cristã.

DESDENHARAM DA RESSURREIÇÃO

A narrativa bíblica afirma que alguns desdenharam da ressurreição, arguindo que o corpo do Cristo fora furtado (Mateus 28.11-15). Entretanto a teologia atesta, à luz de métodos históricos, que a ressurreição de Jesus é um acontecimento comprovadamente notório. Existem evidências claras: 1) Dificilmente o medo da guarda romana e do sinédrio judaico seria ignorado pelos simplórios discípulos a ponto de furtarem o corpo de Jesus quebrando o selo romano posto costumeiramente na pedra de um túmulo vigiado. 2) Historicamente tanto judeus quanto romanos admitiram que o túmulo estava vazio, mas o corpo jamais fora encontrado. 3) Como uma pedra de quase duas toneladas que fechava o sepulcro, vigiada por guardas romanos, seria removida na madrugada por discípulos amedrontados? 4) Uma guarda pretoriana, altamente disciplinada, escalada justamente para evitar o furto do corpo, dificilmente aceitaria um suborno de pobres e insignificantes galileus para levar o corpo de Jesus. 5) É bem considerável o fato de que a mortalha que envolveu o corpo do Cristo tenha sido deixada no túmulo de forma intacta (João 20.5) - sobre isso o bispo de Constantinopla, João Crisóstomo (IV), com precisão, observou, que "ladrões", sob a adrenalina da pressa e do medo, não poderiam desenrolar o corpo morto e levá-lo nu, até porque, a retirada do linho demoraria devido ao "efeito cola" resultado do contato do linho, mirra, sangue e pele. 6) A narrativa bíblica é clara em revelar que mais de 500 pessoas em diferentes locais testemunharam Jesus ressurreto. 7) O historiador judeu, Flávio Josefo, destacou em sua obra milenar (História dos Hebreus) o desprezo judaico pelas mulheres, sendo que delas, naquela sociedade machista, nenhum testemunho seria aceito - logo, se realmente a ressurreição fosse uma invenção, jamais as mulheres seriam as escolhidas à serem as primeiras testemunhas do fato sub judice. 8) Os discípulos acovardados, que fugiram no momento da prisão do Cristo, jamais estariam dispostos a sofrer até a morte, como acabaram sofrendo, só por uma mentira inventada por eles mesmos. Portanto não houve e não há nenhuma evidência de refutação comprobatória contra a ressurreição de Jesus.

RESSUSCITOU

A Igreja de Cristo foi edificada sobre a verdade da ressurreição: Jesus ressuscitou! A nossa Páscoa é a ressurreição, e que a bem da verdade, devemos celebrá-la todos os dias. Os crentes tem experimentado a maravilhosa presença do Filho vivo de Deus em sua graça e amor. Então celebramos a Páscoa não apenas em abril, mas a cada dia, convictos de que Jesus ressuscitou e vivo está! Enquanto incrédulos indagam se a ressurreição realmente aconteceu, esse fato histórico continua vívido na trajetória de pessoas que foram regeneradas a crer. Portanto convictamente podemos bradar como os cristãos primitivos: Maranata, Ele ressuscitou! Verdadeiramente ressuscitou e vive!