Reflexão e Fé

Páscoa

Hugo Evandro Silveira Pastor Titular - Igreja Batista do Estoril. E-mail: hugoevandro15@gmail.com

17/04/2022 | Tempo de leitura: 4 min

O cristianismo não é um costume religioso praticado somente aos domingos. O cristianismo revela a criação, evidencia o cerne do problema humano e assinala a solução. O cristianismo fala do Deus eterno e revela que ele é o fundador da ciência, da filosofia e de todos os mecanismos e métodos existentes. O cristianismo trata da lógica da vida e apresenta a solução para uma existência ordeira, feliz e equilibrada. O cristianismo comunica o sentido do universo. O senhor do cristianismo, é o senhor do universo, assim como da vida, da história e da ciência.

REDENÇÃO

O cristianismo apresenta a redenção para uma civilização mergulhada na agonia, de pessoas que nascem até a morte experimentando sociedades regidas por códigos e leis. No cristianismo o caminho que conduz a redenção é o próprio Cristo em sua paixão, morte e ressurreição. Hoje a maior parte do mundo celebra a Páscoa cristã. Nessa sociedade relativizada em seus valores, é sempre valioso lembrar que a Páscoa trata da ressurreição como evento histórico. O cristão celebra a Páscoa, que em outras palavras significa a ressurreição de Jesus Cristo. Em sua ressurreição, os que se apropriam desse evento tem a chance da redenção em um mundo atolado na escuridão. Sem a ressurreição de Cristo a humanidade não teria a oportunidade de uma vida iluminada por Deus. Esse é o verdadeiro significado que remonta a Páscoa, i.e., à vitória espetacular de Jesus sobre a morte, a ressurreição. Portanto entendemos que a redenção do homem deva ser cristã, pois a Igreja, fundada pelo Filho de Deus, teve e tem a finalidade de nos conduzir na purificação dos pecados, para que pelo culto permanente da doutrina, que floresceu no cristianismo, aprimoremo-nos como irmãos, segundo os ensinos de Jesus, os Evangelhos.

DEUS PROCURADO

Apesar da negativa pós moderna, Deus recusado no curso da secularização continua sendo mais procurado do que qualquer valor terreno inestimável. O ateísmo, na realidade, não tem vida. Trata-se de uma abstração do ser humano que não suporta o peso da divindade no curso de seus dias. Este é um mal que sofremos neste século. O materialismo, o colapso da cultura que faz emergir homens vazios tomados por ódio e fúria, faz desacreditar na Páscoa em seu sentido mais profundo. O mundo transita em crises buscando o seu paraíso perdido, porem cada vez mais desestabilizado e contraditório. Logo a Páscoa revela-se como um sinal diário do Deus procurado e achado. A Páscoa é a declaração primordial da fé cristã, é a base da esperança como Paulo o apóstolo afirmou, "que sem a ressurreição de Cristo seríamos os mais infelizes seres" (I Coríntios 15.17-19). Desde a ressurreição, a Páscoa cristã, mulheres e homens iluminados tem vivido sobre esse inalterado alicerce, da qual a vida venceu a morte. Não sabemos ao certo para onde essa sociedade anárquica irá, mas sabemos que, segundo as palavras de Cristo, ''o Senhor reinará na eternidade e além da eternidade''. Esse é o nosso convicto consolo nesse mundo de desilusões.

ELE É VIVO

A Igreja foi edificada sobre a verdade de que Jesus ressuscitou. Além do mais temos experimentado a sua maravilhosa graça, presença e perdão. Enquanto o ateísmo indaga se a ressurreição realmente aconteceu, o poder da ressurreição continua sendo operado diariamente na vida de todos os que creem que Ele é vivo. A todos que amaram e amam o Jesus que vive, ainda que afetados pela miséria caótica desse mundo, certamente o amarão na glória por toda eternidade. O termo ressurreição, do latim resurrectio, significa "levantar de novo" - um retorno à vida após a morte. No aspecto bíblico refere-se à ressurreição de Cristo - o evento central da fé cristã. Também se refere à doutrina cristã da ressurreição corporativa, conectada ao julgamento dos vivos e dos mortos. Assim a ressurreição de Jesus Cristo é o maior evento da história humana e que serve como doutrina fundamental do cristianismo. Depois de ter verdadeiramente assumido a natureza humana e submetido a uma agonizante e vergonhosa morte pública, o eterno Filho de Deus foi realmente levantado dos mortos em seu corpo físico glorificado, não mais sujeito à decadência e à morte. Sua ressurreição valida sua identidade como o divino Filho de Deus, demonstra sua vitória irrevogável sobre a morte e a sepultura, e assegura tanto a salvação presente como a futura ressurreição física dos que o receberam como senhor de suas vidas. Feliz Páscoa!

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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