Com a alta da Selic as modalidades de aplicações financeiras consideradas mais "conservadoras", como a renda fixa, ganham ainda mais atratividade. Somente a caderneta de poupança não terá bom rendimento, algo próximo a 8% ao ano (0,5% TR), as demais, tendem a render acima de dois dígitos. Com Selic em 13,75% ao ano, o CDI vai a 13,6% ao ano. Mesmo que incida imposto de renda sobre o ganho de capital, o rendimento líquido, dependendo do valor e prazo da aplicação, pode girar entre 11% e 11,6% ao ano.

CDB, Fundos de Renda Fixa, LCA, LCI

Com valores mais expressivos é possível que as aplicações rendam no mínimo 100% do DI brutos, chegando, dependendo do caso, a 120% do DI. São isentas de imposto de renda a LCA e LCI, que mesmo rendendo 80% do DI, atingiria 10,88% ao ano, bem superior a poupança que também é isenta. Caso você já tenha recursos aplicados em renda fixa, na opção pós-fixada, o reajuste na taxa é automático.

Renda Variável

Com juros mais altos, ocorre, como colocado, maior atratividade na Renda Fixa. Seria normal queda na Renda Variável, como ações, fundos imobiliários e até mesmo criptoativos, tenham menor atratividade e rendimento, contudo, é possível, coloco, é possível, que estes ativos ainda mantenham bom rendimento. Isso se daria porque os papéis estão "baratos", portanto, pensando no longo prazo, o ganho pode ser bom. Mas não há dúvidas que a Renda Fixa neste momento é muito mais atrativa, com baixo risco, inclusive.

Dívidas mais caras

Nem tudo são flores, afinal, tem no mercado agentes superavitários (minoria) e os deficitários (maioria). Para os deficitários o custo dos empréstimos e financiamentos sobe. Modalidades mais "baratas" são aquelas que possuem alguma garantia, como são os casos do crédito consignado, penhor de joias, financiamento de veículos e financiamento imobiliário. Crédito pessoal, rotativo do cartão de crédito, cheque especial (limitado a 8% ao mês), entre outras modalidades sem garantira, ficam mais caras. O capital de giro das empresas também tem suas taxas majoradas.

Crise na Argentina

A Argentina tem novo ministro da Economia, trata-se de Sérgio Massa, que anunciou reduzir o déficit fiscal, captar divisas por meio de incentivos à exportação e empréstimos internacionais, com isso, tentar estabilizar uma economia com forte abalo devido aos desequilíbrios em vários mercados.

Os números da economia argentina

A moeda argentina enfraqueceu nos últimos anos. Em 2019, por exemplo, R$ 1 comprava 14,9 pesos, agora corresponde a 25,1 pesos. Vale destacar que o Real também se desvalorizou neste período. A dívida bruta da Argentina está na casa dos 80,1% do PIB, porém, 55,5% do estoque do endividamento é em moeda estrangeira, com reservas estrangeiras baixas, próximas de US$ 39,5 bilhões (Brasil totaliza mais de US$ 379 bilhões). A inflação atinge mais 64% ao ano e o país tem compromisso com o FMI de fechar o ano de 38% a 48%. A taxa básica de juros está em 52% ao ano. O crescimento econômico é baixo, subindo menos de 1% no primeiro trimestre deste ano. A taxa de desemprego é de 7%, mas não significa que é baixa, pois apuração da taxa na Argentina é calculado somente na área urbana. A população ocupada é muito baixa, atingindo 27,3%, enquanto no Brasil este índice atinge 45,7%.

Mude já, mude para melhor!

Continuo feliz com minha opção de ser indiferente àqueles que somente querem o melhor para eles, custe o que custar, inclusive desejar o mal aos outros. Sempre é tempo para mudar. Mude já, mude para melhor!