Considerando os últimos 10 anos, houve uma queda significativa na natalidade jundiaiense e o ano de 2024 atingiu um patamar bastante baixo quando o assunto é novos nascimentos. Segundo dados do Registro Civil, no ano passado, apenas 7.645 bebês foram registrados na cidade. O contraste é considerável se analisado o número de 10 anos atrás, quando, em 2015, 10.209 bebês foram registrados em Jundiaí.

Por outro lado, o número de óbitos na cidade, que teve alta durante a pandemia, se mantém em um patamar similar ano a ano desde então. Tanto em 2023 quanto em 2024, foram 4.095 registros no município, número que, de modo geral, acaba sendo mais alto do que o de dez anos atrás, pois em 2015 foram apenas 3.708.

Ainda que o número de óbitos tenha aumentado ao passo que os nascimentos tenham diminuído, a pirâmide etária de Jundiaí ainda sofre uma inversão acentuada década após década. Isso acontece com o envelhecimento da população e as taxas de natalidade caindo. Ou seja, se há algumas décadas a cidade tinha mais crianças e jovens do que idosos, a tendência é de que isso se inverta.

De acordo com dados do IBGE, no ano de 2000, 40,2% da população de Jundiaí estava na faixa etária de 0 a 24 anos. Já quem tinha 60 anos ou mais era apenas 10,7% do total. Já no ano de 2010, 34,9% dos jundiaienses tinham 24 anos ou menos, enquanto a população de 60 ou mais já representava 13,5%. No último Censo do IBGE, de 2022, a porcentagem da população de Jundiaí com 0 a 24 anos caiu para 29,2%, enquanto a com idade a partir de 60 anos chegou a 18,2%.

E, ainda que Jundiaí tenha tido aumento da população no último Censo, chegando a 443.221 habitantes, a queda no número de novos nascimentos evidencia que a população natural da cidade, ou seja, nascida na Terra da Uva, vem desacelerando ao longo do tempo.