Em 2024, Jundiaí registrou um total de 101.662 atendimentos em saúde mental, um aumento em relação 2023 que registrou 95.947 atendimentos e em 2022 o registro é de 80.995.
Esses números refletem uma crescente demanda pelos serviços da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), que inclui diversas unidades de atendimento, como Unidades Básicas de Saúde (UBS), Clínicas da Família e Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). O atendimento é realizado sem necessidade de agendamento ou encaminhamento, permitindo acesso direto aos serviços.
O coordenador de Saúde Mental, Alexandre Moreno Sandri, destaca a mudança de perspectiva sobre a saúde mental nos últimos anos, que antes era marcada pelo estigma. “Historicamente, o sofrimento psíquico era associado a condições de ‘enlouquecimento’ e incapacidade. Hoje, há uma valorização crescente do cuidado em saúde mental como parte da promoção de saúde e qualidade de vida”, explica.
A pandemia de Covid-19 exacerbou os desafios emocionais da população, intensificando o processo de valorização do cuidado psíquico. A crise gerada pela pandemia resultou em maior demanda por atendimentos relacionados à ansiedade, depressão e sofrimento no ambiente de trabalho. “Percebemos um aumento no número de pessoas mais jovens, sem histórico anterior de cuidados, buscando atendimento, especialmente relacionadas ao estresse no trabalho e questões sociais agravadas pela pandemia”, afirma Sandri.
Os atendimentos em Jundiaí cobrem desde transtornos mentais comuns, como quadros leves de depressão e ansiedade, até casos mais graves, como psicose e transtornos de uso de substâncias.
O objetivo dos CAPS é promover a reabilitação psicossocial, integrando a pessoa em todos os aspectos de sua vida, como a convivência familiar e social, o trabalho e o acesso aos direitos sociais.
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