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Estações de conexão em Taubaté irão atrasar, pelo menos, 6 meses

Por Julio Codazzi | Taubaté
| Tempo de leitura: 3 min
Divulgação/PMT
Veículos do transporte público de Taubaté
Veículos do transporte público de Taubaté

A implantação de três estações de conexão do transporte público de Taubaté, que estava prevista para ocorrer até o fim desse ano, irá atrasar pelo menos seis meses.

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As estações, que ficariam no Cecap, no Campos Elíseos e na Rodoviária Nova, foram anunciadas como uma das contrapartidas pela prorrogação do contrato de concessão com a ABC Transportes, ocorrida em junho de 2023.

Questionadas pela reportagem, tanto a Prefeitura quanto a ABC citaram uma alegação nova para justificar o atraso: que a implantação das estações estaria condicionada a uma alteração no subsídio pago pelo município à empresa. Como essa mudança no subsídio foi adiada, o mesmo ocorreu com o projeto das estações.

Estações.

Pelo projeto, as estações permitirão a conexão entre linhas urbanas e rurais sem o pagamento de nova tarifa.

A estação do Cecap está prevista para ser instalada na Avenida Carlos Pedroso da Silveira, junto à baia de ônibus na entrada do Cecap 1. A da Rodoviária Nova deve ficar na Rua Benedito da Silveira Moraes, ao lado do terminal. E a do Campos Elíseos seria na Rua dos Cravos, nas proximidades da Praça Constância Alvarenga Peixoto.

Para as estações do Cecap e do Campos Elíseos, a previsão é implantar estruturas cobertas. Já na Rodoviária Nova, seria utilizada a parte frontal coberta do terminal. Todas as estações teriam iluminação, internet gratuita e totens com informações sobre o sistema.

Subsídio.

Desde março de 2021, a Prefeitura pagava à empresa R$ 1,50 por passageiro transportado. Com isso, o gasto mensal com subsídio era de R$ 550 mil - o que representava R$ 6,6 milhões por ano. No ano passado, para renovar o contrato, que se encerraria em maio de 2024, a ABC exigiu a mudança na fórmula do subsídio, o que foi aceito pela Prefeitura - com isso, o contrato foi prorrogado até 2034.

Pelo acordo firmado para a prorrogação do contrato, nos 12 meses seguintes seria adotado um modelo híbrido: nas linhas de maior demanda, o subsídio continuou a ser de R$ 1,50 por passageiro; nas linhas de menor demanda, foi de R$ 10,05 por quilômetro rodado. Com isso, o custo do subsídio passou a ser de R$ 19,6 milhões por ano.

Após os 12 primeiros meses de modelo híbrido, o contrato prorrogado previa a possibilidade de adotar o subsídio por quilômetro rodado em todas as linhas, mesmo aquelas de maior demanda. Essa era a vontade da ABC, mas a Prefeitura negou. Houve apenas o aumento de R$ 10,05 para R$ 11,22 no valor pago por quilômetro rodado nas linhas de menor demanda. Com isso, o gasto anual deve ser de R$ 23 milhões.

Posições.

Questionada pela reportagem, a Prefeitura afirmou que "o investimento" nas estações de conexão "está condicionado à implementação do modelo de tarifa de remuneração por quilometragem em todas as linhas do sistema, ficando a sua implantação inicialmente prorrogada para junho de 2025".

A Prefeitura alegou também que "iniciará negociação com a empresa concessionária para antecipar tais investimentos, de forma que seja possível racionalizar as linhas e aumentar a oferta com a frota atual".

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