Os assinantes das versões pagas do ChatGPT ganharam, nesta segunda-feira (9), acesso à inteligência artificial geradora de vídeo Sora, segundo anúncio da OpenAI.
O modelo anunciado em fevereiro fica integrado a uma plataforma que mistura uma linha do tempo ao estilo dos editores de vídeo tradicionais (como o Premiere da Adobe) com um chat que recebe os comandos em linguagem natural, nos moldes do ChatGPT.
Os assinantes do pacote ChatGPT Plus, vendido a US$ 20 (R$ 121,13) por mês, poderão gerar até 50 vídeos mensais, com no máximo cinco segundos de duração e resolução de 720 p. O plano ChatGPT Pro, anunciado na última sexta-feira (6) custando US$ 200 (R$ 1.211,28), permitirá criar 500 vídeos de até 20 segundos, com a possibilidade de fazer cinco pedidos de uma só vez.
Outra diferença é que o plano mais caro permitirá retirar a marca d'água que indica a origem sintética do vídeo. Antes, a Sora estava disponível apenas a produtores de vídeos selecionados, por questões de segurança, de acordo com a desenvolvedora.
A versão de testes anunciada em fevereiro gerava conteúdos de alta resolução com até um minuto.
Para facilitar a interação com a Sora, a OpenAI adicionou botões de controle à interface tradicional do ChatGPT (uma simples caixa de mensagens). É possível, por exemplo, escolher predefinições de visual, como a estética de uma animação ou de um filme de época.
O usuário também pode encadear os diferentes clipes gerados em uma sequência, para dar continuidades as cenas criadas. Depois ainda pode editar a ordem. A linha do tempo disponível abaixo do vídeo permite fazer cortes e criar ciclos de exibição.
Os usuários também podem pedir alterações nos resultados anteriores usando comandos textuais.
A Sora, segundo a criadora, é capaz de criar cenas complexas com múltiplos personagens e diferentes movimentos.
O anúncio da OpenAI ocorre seis dias depois de o Google abrir, na última terça-feira (3), a sua plataforma geradora de vídeo, Veo, ao público. A ferramenta trabalha em alta definição (1.080 p) e tem limite de um minuto.
O Veo, porém, fica restrito a uma plataforma profissional, o Google Cloud, e a cobrança é proporcional ao uso de poder computacional do serviço de nuvem do Google. Os preços dependem de múltiplas variáveis, de acordo com a big tech.
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