Jundiaí tem, atualmente, mais de 4,4 mil pontos de Geração Distribuída (GD) de energia fotovoltaica (solar). O número corresponde a mais de 36 mil kW de potência instalada. E quem mais gera essa energia são as residências e comércios, embora o maior consumo de energia em Jundiaí seja o da Indústria.
Dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) mostram que Jundiaí tem 2.747 pontos de geração de energia fotovoltaica em residências da cidade, responsáveis pela produção de 18 mil kW. O Comércio jundiaiense tem 1.667 pontos de geração, que produzem 17,5 mil kW. As indústrias têm apenas seis pontos de Geração Distribuída, que produzem 56,7 kW. O número é menor que o de propriedades rurais, que somam 19 pontos com 380 kW, e, em potência, menor que o Pode Público, que tem quatro pontos, que, juntos, produzem 136 kW.
Por outro lado, de acordo com a Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística de São Paulo (Semil), com dados mais recentes de 2020, Jundiaí é a 4ª cidade do estado com maior consumo de energia, ficando atrás apenas de Campinas (3ª), Guarulhos (2ª) e São Paulo (1ª). Em grande parte, o consumo jundiaiense, que em 2020 era de 2,21 milhões de MWh em pouco mais de 195 mil instalações, se deve à atividade industrial.
Com 678 instalações à época, o consumo da Indústria em 2020 era de 1.209.844 MWh. Em segundo lugar, as 181.810 instalações em Residências consumiam 450.481 MWh; 10.541 instalações no Comércio eram responsáveis por 426.244 MWh; 75 instalações de Serviços Públicos, 56.997 MWh; 170 pontos de Iluminação Pública consumiam 40.053 MWh; 819 instalações do Poder Público tinham consumo de 15.817 MWh; e 1.012 instalações rurais eram responsáveis por 9.863 MWh.
Procura em queda
Embora as instalações de sistemas de geração de energia fotovoltaica aumentem em Jundiaí ano a ano, há desaceleração nos números. Segundo dados da Aneel, Jundiaí teve três instalações em 2015, 12 em 2016, 32 em 2017, 45 em 2018 e 131 em 2019. A partir da pandemia, os números começaram a aumentar e em 2022 ocorreu o auge no número de instalações. Foram 202 em 2020, 496 em 2021, 1.481 em 2022, 1.049 em 2023 e, neste ano, já há 988 novas instalações.
Um dos principais motivos para a procura por sistemas de energia fotovoltaica aumentarem é a redução no valor das contas de energia elétrica, que vêm em alta por conta da alta demanda e geração mais instável, visto que no Brasil a principal fonte é a hídrica e mudanças climáticas influenciam esta geração. Neste ano, a tarifa média convencional em Jundiaí é de R$ 0,69/kWh, segundo a Aneel. No ano passado, o valor foi de R$ 0,67/kWh e de R$ 0,68/kWh em 2022, até então o ano com maior valor de tarifa na cidade. Para se ter ideia, em 2019, a média convencional era de R$ 0,49/kWh.
Além das variações ano a ano, há épocas do ano em que o consumo também aumenta. Em épocas mais quentes, como o verão, segundo a Aneel, as contas de energia elétrica podem ficar até 8,6% mais caras. Isso porque a estação exige potência máxima em geladeiras e refrigeradores, além de haver uso regular em alguns lares de ar-condicionado e ventilador.
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