Bauru já tem sua primeira Frente pelo Clima, movimento criado por representantes de diversas entidades e da sociedade civil com a finalidade de sensibilizar a população da cidade sobre os riscos trazidos pelas mudanças climáticas e cobrar das autoridades locais medidas para mitigar os efeitos provocados por elas, já observados no município, como a crise hídrica que castigou os moradores abastecidos pelo Rio Batalha ininterruptamente por seis meses em 2024.
Fundado em 23 de novembro passado, a "Frente pelo Clima - Bauru" é fruto do protesto "Grito por Justiça Climática", promovido em 20 de setembro pela seção Bauru da Associação dos Geógrafos Brasileiros (AGB) e Pastoral da Ecologia Integral da Diocese de Bauru contra as queimadas que incendiaram o Brasil. Ao ato, na ocasião, somaram-se membros de várias entidades, em sua maioria militantes das causas ambientais, resultando na mobilização para criar um grupo permanente em prol do clima.
Entre eles, estão representantes da subseção Bauru da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), subsede de Bauru do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Comdema), Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de Bauru (Assenag), Câmara Municipal, coletivos, entre outras organizações sociais.
O evento de fundação da "Frente pelo Clima - Bauru" também contou com a presença do professor Cláudio Antonio di Mauro, geógrafo doutor pela USP e ex- assessor da Agência Nacional de Águas, que ministrou palestra sobre meio ambiente. Na ocasião, Silvana Suaiden assumiu a coordenadoria-geral do grupo e Natasha Lamonica, como secretária.
Metas
Suprapartidário, o grupo visa conscientizar pessoas menos sensíveis à causa ambiental, lutar pelo cumprimento de legislações vigentes sobre proteção ambiental e propor novas e cobrar do poder público o desenvolvimento sustentável da cidade. Também estão entre as metas promover educação ambiental, realizar projetos ambientais, treinar comunidades mais vulneráveis aos efeitos da crise climática, estimular o registro de denúncias sobre práticas de degradação ambiental, entre outras ações.
Para tanto, foram criados cinco grupos de trabalho por eixos temáticos considerados estratégicos. O de "Pressão, Fiscalização e Denúncia" ficou sob responsabilidade de Danielle Masson; o de "Educação" é comandado por Renata Maria Laude; e o de "Comunicação", está aos cuidados de Elaine Aparecida Bertone.
Já o eixo "Zonas Especiais de Interesse Social", que trata de áreas habitacionais a serem direcionadas pelo Poder Público à população de baixa renda, mas também abarcará a sensibilização de comunidades vulneráveis sobre as mudanças climáticas, é coordenado por Chrystian Herrera Said. Por fim, à frente do grupo "Mobilização Social" está Antonio Gringo de Assunção.
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