A disputa pela presidência da Câmara Municipal de Franca, restrita até esta semana às candidaturas de Daniel Bassi (PSD) e Marcelo Tidy (MDB), ganhou mais dois nomes e está completamente embolada. Nestes dias de feriado prolongado por conta do bicentenário de Franca, houve muitas movimentações nos bastidores, que culminaram no anúncio de mais dois nomes na disputa pelo comando do Legislativo. Carlinho Petrópolis (PL), do maior partido de oposição ao governo Alexandre Ferreira, confirmou oficialmente, em entrevista ao portal GCN, que quer a presidência. Marco Garcia (PP), da base de apoio, que vinha adotando uma postura mais relutante, também confirmou sua candidatura.

Apesar de Marco Garcia compor a base de apoio e Carlinho Petrópolis estar na bancada de oposição – pelo menos no papel –, a decisão de ambos decorre de uma mesma constatação. O apoio em torno do nome de Daniel Bassi está fragilizado, e Tidy é avaliado como uma candidatura sem condições de angariar os votos necessários. Como em política nenhum espaço fica vazio, os dois ex-presidentes resolveram se movimentar. Comandar o Legislativo nos primeiros anos de mandato é considerado estratégico para quem tem ambições maiores, pela projeção que o cargo garante. E tanto um quanto o outro, têm essas ambições.

Bem-humorado, Carlinhos disse que viu a movimentação dos colegas nos últimos dias e sentiu que nenhum deles conseguirá o consenso necessário. “O Bassi está correndo, o Tidy também. O Marco não resolve se quer ou não quer. Eu quero”, disse. “Até o dia 31, tudo pode acontecer. Deixa os meninos irem trabalhando... Mas eu também vou”, brincou.

A estratégia de Carlinho passa primeiro por conseguir o apoio de toda a bancada do PL, que reúne quatro vereadores. Além do próprio Carlinho, fazem parte Fransérgio Garcia, Leandro Patriota e Walker Bombeiro. “Vou conversar com a deputada Graciela (maior liderança regional do PL), temos uma reunião programada. E também com o prefeito Alexandre Ferreira. Quero deixar tudo alinhado”, afirmou. “E tem o trabalho de bastidores, que vou começar”, avisa, matreiro, numa sinalização de que vai procurar os vereadores de outros partidos e buscar apoio também entre os servidores da Câmara, o que sempre tem algum impacto.

Marco Garcia avisa: “estou candidato”

O caminho de Marco Garcia é um pouco diferente. Inicialmente, ele havia dito que preferia nem ocupar cargo na mesa diretora. Chegou a afirmar que votaria em Daniel Bassi, caso o colega conseguisse os oito votos (número que assegura a presidência). Mas, na avaliação de Marco, algumas estratégias adotadas por Bassi produziram efeito reverso e ele perdeu apoio. Não teria mais como conseguir os votos necessários. “O fato é que ele não tem os oito votos. Nem eu tenho mais compromisso nenhum.”