Com menos de dois anos no kickboxing, a piracicabana Claudia Carreño Gil, 36 anos, já é uma realidade. Começou a praticar o esporte em agosto de 2023 e as competições no início deste ano. E a temporada foi “mágica”, com cinco disputas e cinco títulos. O bom trabalho a levou à quarta colocação do ranking mundial em sua categoria. Para 2025, a meta ir ao Mundial de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos.
A última conquista da atleta foi o Pan-Americano do Chile, disputado entre o final de outubro e início de novembro. “Estavam os melhores e mais graduados das Américas no campeonato, o nível estava alto”, lembra a atleta, que é formada em Engenharia Agronômica.
“Foi meu primeiro campeonato internacional e minha adversária é bicampeã pan-americana, mais graduada que eu. Foi uma luta bastante dura com uma adversária bem experiente”, diz Cláudia.
Neste torneio, algumas categorias foram classificadas para o Word Games, que ocorrerá na China em 2025. E os campeões em geral foram classificados para o mundial de Adu Dhabi.
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Com a conquista no Chile, a piracicabana chegou ao 4º lugar no ranking mundial da categoria low kick (ringue).
Mas esse foi apenas um dos vários títulos da temporada. A primeira competição da atleta no ano foi a Copa Tatame, que ocorreu em Bauru. Claudia competiu na categoria de tatame kick light e foi campeã.
Logo depois, a atleta foi para o Campeonato Paulista, em Osasco, onde lutou no tatame (ligh contact) e a categoria de low kick no ringue. Conquistou as duas categorias.
Em junho, houve o Campeonato Brasileiro, em Vila Velha/ES, onde lutou apenas a categoria de ringue, low kick. “Me consagrei campeã também. Nesse momento, fechei como primeira do ranking nacional na categoria low kick (ringue).”
MUNDIAL
Em 2025, o objetivo da atleta é chegar ao Mundial de Abu Dhabi, em novembro. Para isso, ela irá fazer todo o circuito novamente (copas regionais, Paulista, Brasileiro, Pan/Sul-Americano) antes de ir aos Emirados Árabes Unidos.
“Em 2025, pretendo iniciar junto à minha equipe - que é a Company Top Fight, do Mestre Wilson Teodoro e o instrutor Jhonathan Teodoro - os treinos voltados para lutas profissionais para os próximos anos.”
A atleta, no entanto, teme ter de abrir mão do Mundial por falta de recursos. “Eu pretendo ir ao mundial, porém, sem ajuda talvez não seja possível. E essa é a realidade de muitos atletas. Tem muita gente boa no que faz e que não é visto por falta de incentivo”, lamenta.
“Precisamos ir a campeonatos para sermos vistos. Isso tem um custo e o retorno é muito suado. Campeonatos amadores não possuem premiações em dinheiro. Há muita dificuldade na visibilidade e no reconhecimento desses atletas”, conta.
Apesar das dificuldades, ela não desiste e sonha com dias melhores. "O esporte transforma vidas e tem pouco incentivo. O atleta amador tem que amar muito o que faz, pois não é fácil e nunca será. Não é um destino, é uma jornada onde toda e qualquer conquista será válida”, finaliza.
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