PROBLEMA

Moradores do Esplanada apontam descaso com árvores condenadas

Por Leandro Vaz | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 2 min
Da redação
Leandro Vaz
Árvores teriam que ser removidas
Árvores teriam que ser removidas

Uma tempestade com ventos superiores a 100 km/h atingiu São José dos Campos na tarde de quinta-feira (28), deixando um rastro de destruição. Um dos bairros mais afetados foi o Jardim Esplanada, na região centro-oeste, onde dezenas de árvores caíram, danificando propriedades e obstruindo ruas. Os moradores passaram a sexta-feira (29) lidando com a limpeza dos estragos.

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Entre os incidentes, uma árvore de grande porte caiu na rua Clóvis Bevilaqua, destruindo o muro de uma residência. Outra árvore despencou sobre um carro na avenida Barão do Rio Branco. Apesar dos danos, não houve registro de feridos graves.

De acordo com o grupo 'De Olho nas Árvores São José dos Campos', ambas as árvores envolvidas nos principais acidentes tinham laudos que autorizavam sua remoção há mais de dois anos, mas a supressão nunca foi realizada.

"Monitoramos esses casos pelo sistema GEO SANJA, da Prefeitura, e temos identificado árvores com laudo de supressão deferido há anos que permanecem sem remoção. Além disso, observamos árvores sendo retiradas mesmo com laudos indeferidos", afirmou Adriana Rebouças, coordenadora do grupo.

Ela destacou que o acidente na Clóvis Bevilaqua, que causou a destruição do muro, poderia ter sido evitado. "Essa árvore tinha laudo de supressão desde 2022. Se o cronograma fosse seguido corretamente, muitos transtornos poderiam ser minimizados", pontuou Adriana.

A Prefeitura de São José dos Campos atribuiu os incidentes à força dos ventos e à chuva, mas defendeu que a remoção de árvores segue critérios de urgência. "A árvore deste endereço não estava no critério prioritário, por isso não havia sido removida", explicou em nota oficial.

A tempestade também deixou cerca de 36 mil residências sem energia elétrica e gerou pelo menos 60 ocorrências registradas na cidade.

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