CRIMES VIOLENTOS

Operação da PF busca prender quadrilha de roubos de carga em SP

Por Redação | Especial para o Todo Dia Campinas
| Tempo de leitura: 3 min
Reprodução/PF
Operação cumpre mandados em Campinas e na Grande SP
Operação cumpre mandados em Campinas e na Grande SP

A Polícia Federal e o GAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público do Estado de São Paulo deflagram nesta quarta-feira a Operação Barrière, que tem como objetivo desarticular um grupo criminoso que pratica roubos violentos de cargas e de caminhões em municípios do estado de São Paulo. A operação conta com o apoio da Polícia Militar Rodoviária do Estado de São Paulo (4º BPRv).

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Na operação são cumpridos nove mandados de prisão temporária e oito mandados de busca e apreensão, todos expedidos pela 1ª Vara da Comarca de Barueri, na Grande SP. Um dos mandados tem cumprimento em Campinas, enquanto os outros são na grande São Paulo, sendo 4 em Osasco, 2 em Barueri, e 1 em São Paulo.

Investigação

A investigação que deu base à operação foi conduzida pelo grupo especializado em repressão a crimes de roubo de cargas e caminhões da Delegacia de Polícia Federal em Campinas, e teve início em abril deste ano, a partir de informações obtidas sobre um grupo criminoso que agia na Grande SP e no interior do estado. O ponto de partida para a investigação foi um plano de roubo de carga não executado no na capital paulista no dia 30 de abril.

O trabalho investigativo apontou que o grupo abordava veículos estacionados para descanso do motorista, invadindo com violência as cabines dos veículos e rendendo as vítimas. Outra abordagem do grupo era atrair as vítimas por meio de aplicativos de contratação de fretes. Após serem rendidas, as vítimas eram levadas até cativeiros localizados em matagais próximos aos locais dos roubos, onde permaneciam sob poder dos criminosos, às vezes amarradas e sempre sob ameaçadas de morte.

Durante o período em que mantinham os motoristas em cativeiro, os criminosos davam destinação aos veículos e cargas com o uso de bloqueadores de sinal (jammer) para evitar o rastreio e impedir intervenção policial. Além disso, eles realizavam transferências via PIX.

Participação em 16 casos

Segundo a PF, há indícios que o grupo criminoso teria participado de pelo menos 16 tentativas e roubos de caminhão/carreta em um mês e meio, entre 6 de maio e 28 de junho, sendo 14 deles em cidades da Grande SP como São Paulo, Osasco e Itapevi, além de dois casos na região do Vale do Paraíba, em São José dos Campos e Jacareí.

Em dois casos foi identificado que havia receptador em Campinas para a carga roubada, e em um dos roubos houve até perseguição policial na Rodovia dos Bandeirantes, em 7 de junho, quando os criminosos pularam da carreta em movimento e conseguiram fugir.

O grupo ainda teria planejado outros sete crimes na Grande SP entre 30 de abril e 11 de maio.

Crimes

Os investigados responderão pelos crimes de associação criminosa e roubo, cujas penas somadas podem chegar a 20 (vinte) anos de prisão, além de corrupção de menores, já que os crimes tiveram a participação de três menores de idade. Os estão sendo encaminhados à Superintendência Regional da Polícia Federal em São Paulo, onde ficarão à disposição da Justiça.

Operação Barrière

O nome da operação vem do francês, e significa barreira, em referência a busca que faziam por barreiras policiais durante o trajeto com veículos roubados, que, segundo a Polícia Federal, é resultado do investimento da PF em especialização de um grupo que trabalha em conjunto com o GAECO e com outras forças da Segurança Pública, visando a desarticulação desse tipo de crime nas rodovias brasileiras, sendo responsável por 185 prisões e pela desarticulação de organizações criminosas por meio das Operações Rapina (em 2022), Insídia, Malta, Caterva, Malta II, Volvere, Cicônia, Aboiz (2023) e Cacaria (2024).

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