REDE CRIMINOSA

Operação contra milícias prende agentes e homem apontado como falso policial no Rio

Na denúncia, os promotores afirmam que os PMs passavam informações para os integrantes do grupo criminoso, que assim conseguiam evitar investigações

25/04/2024 | Tempo de leitura: 2 min
da Folhapress

Divulgação

Os policiais apreenderam um talão intitulado 'Papa Mike Cred' que supostamente seria para anotar os pagamentos de propina, segundo um investigador
Os policiais apreenderam um talão intitulado 'Papa Mike Cred' que supostamente seria para anotar os pagamentos de propina, segundo um investigador

A Promotoria do Rio de Janeiro deflagrou nesta quinta (25) uma operação para prender suspeitos de integrar uma milícia no Bateau Mouche, comunidade da Praça Seca, na zona oeste da cidade. Entre os 16 denunciados estão um policial civil e dois policiais militares do Bope (Batalhão de Operações Especiais).

Na denúncia, os promotores afirmam que os PMs passavam informações para os integrantes do grupo criminoso, que assim conseguiam evitar investigações. Além disso, os agentes de segurança também forneciam armas e até uniformes para os milicianos.

Em nota, a assessoria do Ministério Público do Rio de Janeiro afirmou que entre os alvos há um homem que já chegou a ser preso temporariamente por suspeita de envolvimento em um assassinato.

Ainda de acordo com a Promotoria, essa mesma pessoa atualmente fingia ser um policial civil. Assim, ele usava uniforme oficial, arma e distintivo, e tinha livre acesso a delegacias. O suspeito conseguia até mesmo participar de operações dentro de carros oficiais. Ele teria ainda contatos com diversas unidades policiais, inclusive dentro da Corregedoria -que participa da operação desta quinta (25).

Os policiais apreenderam um talão intitulado "Papa Mike Cred" que supostamente seria para anotar os pagamentos de propina, segundo um investigador. Papa Mike refere-se à sigla PM no alfabeto fonético.

"Verificou-se uma extensa rede criminosa, com diversos áudios determinando aos associados e subordinados cobranças de taxas, compra de material bélico, dentre outras atividades, incluindo pagamento de propina a policiais militares e civis", afirma nota da Promotoria.

"Um dos denunciados, que inclusive exercia função de liderança na milícia da Comunidade Bateau Mouche até o final do ano de 2021, foi desligado do grupo criminoso e passou a fazer parte da 'Milícia do Zinho', que atua em outras localidades da zona oeste", acrescenta a nota.

Zinho é Luis Antonio da Silva Braga e foi preso na véspera do Natal, ao se entregar na Polícia Federal. Ele é apontado como líder da maior milícia do estado. Procurada, a Polícia Militar ainda não retornou aos contatos da reportagem.

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