BULLYING

Adolescente agredido por colegas em SP morreu de broncopneumonia, diz IML

Segundo a família, Carlos sofria bullying na escola. Julysses cita duas agressões sofridas pelo filho, em 19 de março e 9 de abril.

19/04/2024 | Tempo de leitura: 2 min
da Folhapress

Reprodução/Brasil Urgente

Depois da última agressão, Julysses conta que o filho 'chegou com a coluna torta em casa, chorando, com dor, febre e muita falta de ar'.
Depois da última agressão, Julysses conta que o filho 'chegou com a coluna torta em casa, chorando, com dor, febre e muita falta de ar'.

O adolescente Carlos Teixeira, de 13 anos, morreu em decorrência de uma broncopneumonia bilateral, segundo o atestado de óbito concluído pelo IML (Instituto Médico Legal). A morte aconteceu na terça-feira (16), uma semana após o aluno ser agredido por colegas de uma escola estadual em Praia Grande, litoral de São Paulo.

Leia também: Pais dizem que filho morreu após colegas pularem sobre as costas dele no litoral de SP

O documento também cita uma celulite infecciosa -tipo de infecção bacteriana- no cotovelo do garoto. A informação foi confirmada à reportagem pela advogada da família, Amanda Mesquita.

Porém, ainda é necessária a produção do laudo da necropsia. O documento deve indicar o que causou a broncopneumonia.

A advogada acredita que algo provocou a pneumonia. "Não é normal um menino nesta idade, com a saúde dele em dia, morrer de pneumonia assim. Algo ocasionou isso, e é só no laudo que vamos entender".

A Polícia Civil ressaltou que os exames ainda estão em execução no IML. "Posteriormente, os mesmos serão analisados pela autoridade policial para auxiliar no esclarecimento dos fatos".

Bullying
O pai da vítima, Julysses Nazarra, afirma que o garoto foi morto em decorrência da agressão. Ele concedeu entrevista ao programa Brasil Urgente, da Band, na quinta-feira (18).

Segundo a família, Carlos sofria bullying na escola. Julysses cita duas agressões sofridas pelo filho, em 19 de março e 9 de abril.

Depois da última agressão, Julysses conta que o filho "chegou com a coluna torta em casa, chorando, com dor, febre e muita falta de ar". O adolescente teria sido levado pela esposa ao Pronto-Socorro Central de Praia Grande, onde levou injeções e foi liberado em seguida. O procedimento teria sido repetido por alguns dias.

O pai do adolescente afirma que os médicos diagnosticaram Carlos com escoliose. A família foi orientada a procurar atendimentos psicológico e psiquiátrico. "E ainda duvidou da minha pessoa, achou que eu estava agredindo o garoto", disse.

Depois, a família teria decidido levar Carlos para a UPA Central de Santos, quando já estaria em estado grave e foi diagnosticado com infecção no pulmão. De lá, foi transferido para a Santa Casa da Misericórdia de Santos, onde morreu.

A Secretaria de Educação de São Paulo lamentou a morte do estudante. A pasta disse que a diretoria de ensino local instaurou uma apuração preliminar.

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