Desde 2022, a Carteira de Identidade Nacional (CIN) vem substituindo o RG tradicional e consolidando-se como o principal documento de identificação no país. Atualmente, mais de 33 milhões de brasileiros já emitiram a nova carteira, com destaque para estados como São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. No Piauí, Novo Santo Antônio se tornou a primeira cidade com 100% da população registrada com a CIN.
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Estudos recentes mostram que a CIN é até 10 vezes mais segura que o RG e cinco vezes mais eficaz que a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) em prevenir fraudes financeiras. Uma análise de mais de 30 milhões de transações realizadas entre janeiro e agosto de 2025 indicou que 87% delas não apresentaram riscos de adulteração ou falsificação.
O alto nível de proteção se deve a duas tecnologias centrais: o QR Code, que permite verificação rápida e em tempo real, e a zona MRZ (Machine Readable Zone), que possibilita leitura automatizada e compatível com padrões internacionais. Além disso, o uso do CPF como número único e a numeração individual de identificação dificultam ainda mais qualquer tentativa de fraude.
A CIN estabelece validade conforme a faixa etária do titular: cinco anos para crianças de 0 a 11 anos, dez anos para pessoas de 12 a 59 anos e validade indeterminada para maiores de 60 anos. Com isso, evita-se o uso de fotos desatualizadas e dados obsoletos.
O documento pode ser emitido em formato físico, como cartão de PVC, ou digital, pelo aplicativo GOV.BR, acessível para Android e iOS. A versão digital permite consulta rápida, facilitando a autenticação de dados em transações e serviços públicos.
A emissão da CIN já está disponível em todos os estados do Brasil, com a primeira via gratuita. O procedimento exige apresentação da certidão de nascimento ou casamento, CPF regularizado e, em alguns estados, comprovante de residência. A segunda via, em caso de perda, roubo ou atualização, pode ter custo definido pela legislação estadual.
O agendamento pode ser feito online, pelo site do Instituto de Identificação local ou pelo GOV.BR, garantindo atendimento eficiente e sem burocracia.
O governo federal prevê a substituição total do RG pela CIN até 2032. O documento busca reduzir fraudes, unificar o sistema de identificação, facilitar o acesso a benefícios sociais e integrar informações entre Saúde, Educação, Justiça e Assistência Social.
Além disso, com a MRZ, a CIN poderá futuramente ser usada como documento de viagem internacional, dependendo de acordos bilaterais, oferecendo mais praticidade aos brasileiros.