A cidade de Piracicaba tem enfrentado dias de tempo seco e temperaturas baixas, resultando em um recorde de baixa umidade relativa do ar (URA) e a ocorrência de geada na região. No último sábado (2), a cidade registrou a tarde mais seca de 2025, com a URA atingindo 19% às 16h19, de acordo com a medição da estação meteorológica do campus da Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" (Esalq/USP).
A marca, bem abaixo do nível ideal de 60% recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para o bem-estar humano, levou o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) a emitir um alerta de situação de ar muito seco para o município.
A queda na umidade tem sido constante nos últimos dias. Após registrar uma mínima de 27% no primeiro dia de agosto, a URA caiu para 19% no sábado (2) e subiu ligeiramente para 20% no domingo (3). O cenário se agravou nesta segunda-feira (4), quando a umidade mínima do ar chegou a 10%.
O posto meteorológico da Esalq-USP informou que Piracicaba alcançou o menor índice de umidade média para o mês de agosto desde 2016. A média histórica para a cidade é de 39%. Conforme os dados da ESALQ/USP.
Com uma umidade relativa do ar mínima de 22% em 2025, Piracicaba registrou uma queda em relação aos anos anteriores, com 27% em 2024 e 39% em 2023. A umidade se manteve mais alta entre 2017 e 2020, com índices de 43%, 46%, 38% e 37%, respectivamente. Já em 2021 e 2022, os números foram de 32% e 36%, mostrando uma tendência de variação anual na região. Em 2016, o índice foi de 37%.
Além do ar seco, a região enfrentou temperaturas extremas. No dia 30 de julho, uma massa de ar polar provocou geada em Mombuca e temperaturas próximas a zero grau em outras cidades. Limeira marcou 0ºC, Cordeirópolis 0,9ºC e Saltinho 1,4ºC. Em Piracicaba, a medição da Esalq registrou 4,7ºC, enquanto o Ciiagro indicou 1,8ºC em outro ponto da cidade.
A baixa umidade do ar aumenta o risco de queimadas e incêndios florestais. A prefeitura de Cosmópolis, por exemplo, monitora um incêndio que atinge uma área de mata no bairro São Pedro desde 30 de julho, onde o fogo se alastra por baixo dos resíduos, dificultando o controle total.
A situação também representa riscos à saúde pública, podendo agravar doenças pulmonares e causar dores de cabeça. Para minimizar os efeitos, a Defesa Civil recomenda:
Em caso de emergência, a população pode entrar em contato com a Defesa Civil pelo telefone 199 ou com o Corpo de Bombeiros pelo 193.
A previsão para os próximos dias indica uma leve melhora nas condições de umidade e o retorno das chuvas.
Terça-feira (5): Mínima de 14°C e máxima de 27°C, com chance de chuvas.
Quarta-feira (6): Mínima de 14°C e máxima de 27°C, nublado.
Quinta-feira (7): Mínima de 15°C e máxima de 30°C.