A Raízen anunciou um prejuízo líquido de R$ 2,57 bilhões no período entre outubro e dezembro, referente ao terceiro trimestre da safra 2024/2025, revertendo o lucro de R$ 793 milhões registrado no mesmo período do ano anterior. Os resultados foram divulgados em um relatório na sexta-feira (14). Segundo a empresa, o prejuízo reflete a menor contribuição dos resultados operacionais e o aumento das despesas financeiras, incluindo efeitos não recorrentes.
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A receita líquida da Raízen cresceu 14,3%, passando de R$ 58,492 bilhões para R$ 66,872 bilhões. Por outro lado, o Ebitda ajustado (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 3,123 bilhões, o que representa uma queda de 20,5% em relação aos R$ 3,923 bilhões do terceiro trimestre da safra anterior. “O resultado reflete o avanço nas vendas de açúcar e etanol, compensadas pelo menor resultado das operações de trading em todos os negócios. Além disso, o resultado leva em consideração a perda de moagem em decorrência do clima e das queimadas ocorridas em agosto do ano passado, afetando a qualidade da cana e o mix de produção”, detalhou a companhia. “Com isso, houve redução substancial da produção de açúcar e menor disponibilidade do produto, resultando em uma dinâmica de custos menos favorável devido ao efeito de menor diluição sobre a parcela fixa dos custos e impactos inflacionários”, completou.
No mesmo relatório, a administração da empresa afirmou que “a nossa estratégia precisa ser adequada à estrutura da capital da Companhia e ao atual cenário macroeconômico”. E completou: “Desde novembro de 2024, iniciamos uma nova jornada na Raízen, com sucessão de posições na gestão e uma mudança profunda na estratégia, focada na geração de valor aos acionistas e na otimização de nossa estrutura de capital. Essa mudança demanda uma maior eficiência operacional e a revisão do portfólio de ativos, com o objetivo de acelerar o processo de simplificação e otimização da Companhia, reforçando nosso core business e nosso DNA”, completou.