A combinação entre natação e atletismo continuou a impulsionar o Brasil nesta quarta-feira, garantindo ao país mais nove medalhas (1 ouro, 4 pratas e 4 bronzes) no sétimo dia das Paralimpíadas 2024. Em um dia marcado pela performance brilhante de grandes nomes desses esportes, como Carol Santiago e Verônica Hipólito, a delegação brasileira chegou a um total de 57 medalhas em Paris, incluindo 15 ouros, 15 pratas e 27 bronzes. Apesar da abundância de pódios, o Brasil caiu para o sexto lugar na classificação geral.
A delegação brasileira teve outro dia de destaque na natação, subindo ao pódio quatro vezes na Arena La Défense. A nadadora Carol Santiago, maior campeã paralímpica da história do país, conquistou o ouro nos 100m livre S12, somando seu terceiro ouro em Paris e o sexto em Paralimpíadas. Poucas horas depois, ela contribuiu para a medalha de prata no revezamento 4x100m livre 49 pontos. Patrícia Pereira conquistou a prata nos 50m peito da classe SB3, enquanto Mariana Gesteira completou o dia com o bronze nos 100m livre S9. Com esses resultados, o Brasil alcançou 20 medalhas na natação nestas Paralimpíadas, sendo seis ouros, cinco pratas e nove bronzes.
No Stade de France, o atletismo também rendeu quatro medalhas para o Brasil no oitavo dia de competições. Wanna Brito, estreante na competição, quebrou o recorde mundial no arremesso de peso da classe F32 com 7,89m, mas foi superada pela ucraniana Anastasiia Moskalenko, que conquistou o ouro com 8 metros. Wanna terminou com a prata e o recorde das Américas. Na pista, Verônica Hipólito alcançou sua melhor marca da temporada nos 100m T36, com 14s24, e garantiu o bronze, conquistando uma medalha oito anos após sua prata nos Jogos do Rio 2016. Ariosvaldo Fernandes, conhecido como Parré, também conquistou o bronze nos 100m T53, para atletas em cadeira de rodas, alcançando seu primeiro pódio em Paralimpíadas após 16 anos de competições. Essa foi a primeira medalha do Brasil em corridas de cadeira de rodas em 36 anos. Na parte da manhã, Bartolomeu Chaves se esforçou ao máximo e conquistou a prata nos 400m T37 ao se jogar na linha de chegada.
Além desses feitos, o halterofilismo brasileiro também fez história em Paris. A mineira Lara Lima garantiu o bronze na categoria até 41kg com três levantamentos perfeitos, conquistando a 50ª medalha do Brasil nos Jogos, superando o sétimo lugar obtido em Tóquio 2020.
No golbol, o Brasil ainda busca um lugar no pódio. A seleção feminina foi derrotada pela Turquia por 3 a 1 e disputará a medalha de bronze contra a China. No masculino, os campeões de Tóquio 2020 também foram superados na semifinal pela Ucrânia, por 6 a 4, e enfrentarão a China na disputa pelo terceiro lugar.