O papel do correio militar durante os três meses da Revolução Constitucionalista de 1932 será tema de uma palestra que acontece no Museu Prudente de Moraes no próximo dia 4 de julho. A apresentação será do jornalista e presidente do IHGP (Instituto Histórico e Geográfico de Piracicaba), Edson Rontani Júnior.
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Segundo Rontani, São Paulo teve um fato inédito durante a Revolução de 1932, com três serviços de correio disponíveis: o correio civil, o Correio Militar MMDC e o Correio Federal, sendo que este último sofreu censura e boicote, já que o levante paulista era contra o presidente da república da época, Getúlio Vargas. “O papel do correio militar merece registro pois era a forma pela qual os voluntários se comunicavam com suas cidades e seus familiares e tinha logística feita pelos soldados que estavam nos frontes de batalha, havendo franquia gratuita no envio dar cartas”, diz Rontani.
A atuação do correio militar será relatada no livro Cartas a Piracicaba, que será lançado por Rontani em julho de 2024. Segundo ele, é necessário que esses documentos sejam registrados já que as cartas são fontes fieis sobre a batalha de 1932, quando piracicabanos foram à divisa norte do estado de São Paulo numa época em que engatinhavam o cinema sonoro, o rádio e outros meios de comunicação.
“Um peso muito forte neste tema foi a última carta de Natal Meira Barros, meu tio-avô, morto aos 17 anos da Revolução Constitucionalista, sendo guardada por décadas por meu familiares; a morte dele dilacerou a família”, lembra.
Edson Rontani Júnior é jornalista, tem paixão desde sempre sobre a Revolução de 1932 por esta influência familiar. Atuou como presidente do Núcleo MMDC Voluntários de Piracicaba de 2013 a 2021. Atualmente é o responsável pelo departamento da Revolução de 1932 do IHGP junto a André Manoel da Silva.
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