A Prefeitura de São José dos Campos prevê aumento de 8,83% no orçamento de 2026, no comparativo com a receita fixada para 2025 - como o cálculo não leva em consideração a inflação para esse ano, que deve ser de 4,8%, o crescimento real será menor.
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No projeto da LOA (Lei Orçamentária Anual) do ano que vem, o prefeito Anderson Farias (PSD) estima arrecadação de R$ 4,551 bilhões. Na LOA de 2025, a previsão foi de R$ 4,181 bilhões. Já a Câmara deve ter um aumento de 9,78% no orçamento, passando de R$ 137,7 milhões esse ano para R$ 151,2 milhões no ano que vem.
Dos R$ 369,6 milhões que a Prefeitura prevê arrecadar a mais no ano que vem, grande parte vem do aumento no IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), resultado da revisão da planta genérica de valores imobiliários ocorrida em 2025. No orçamento desse ano, por exemplo, a receita prevista de IPTU era de R$ 385 milhões. Para 2026, é de R$ 474,3 milhões, um aumento de 23,19%.
Apesar do aumento na receita geral, apenas quatro secretarias terão crescimento real no orçamento no ano que vem - ou seja, acima do índice da inflação prevista para 2025. São elas: Proteção ao Cidadão, de 13,33% (de R$ 63 milhões para R$ 71,5 milhões); Educação, de 12,5% (de R$ 1,17 bilhão para R$ 1,31 bilhão); Manutenção da Cidade, de 5,67% (de R$ 311,1 milhões para R$ 328,7 milhões); e Gestão Administrativa e Finanças, de 5,02% (de R$ 79,3 milhões para R$ 83,2 milhões).
Uma secretaria, de Urbanismo e Sustentabilidade, terá redução de 7,16% no orçamento (de R$ 32,4 milhões para R$ 30,1 milhões). Gabinete permanecerá com R$ 600 mil. Outras sete pastas terão crescimento inferior ao índice da inflação, o que, na prática, configura uma retração: Assuntos Jurídicos, de 4,64% (de R$ 17,4 milhões para R$ 18,2 milhões); Saúde, de 4,44% (de R$ 1,14 bilhão para R$ 1,19 bilhão); Inovação e Desenvolvimento Econômico, de 4,14% (de R$ 16,8 milhões para R$ 17,5 milhões); Governança, de 2,52% (de R$ 31,4 milhões para R$ 32,2 milhões); Mobilidade Urbana, de 1,15% (de R$ 228,4 milhões para R$ 231 milhões); Apoio Social ao Cidadão, de 0,32% (de R$ 118,2 milhões para R$ 118,5 milhões); e Esportes, de 0,04% (de R$ 82,6 milhões para R$ 82,7 milhões).
A antiga Secretaria de Gestão Habitacional e Obras, que tinha orçamento de R$ 68,9 milhões em 2025, foi dividida em duas pastas. Para 2026, o orçamento será de R$ 54,2 milhões para a Secretaria de Gestão de Obras e de R$ 59,2 milhões para a Secretaria de Habitação.
Incluindo também a administração indireta, a receita prevista para o município em 2026 é de R$ 5,376 bilhões, o que representa um aumento de 10,26% sobre o montante projetado para 2025, de R$ 4,876 bilhões.
O IPSM (Instituto de Previdência do Servidor Municipal) estima receita de R$ 787 milhões no ano que vem, e despesa de R$ 867 milhões.
A Fundhas (Fundação Hélio Augusto de Souza) prevê receita de R$ 30 milhões e despesa de R$ 94,8 milhões. E a FCCR (Fundação Cultural Cassiano Ricardo) estima receita de R$ 7,9 milhões e despesas de R$ 36 milhões em 2026.