O prefeito de Piracicaba, Helinho Zanatta (PSD), apresentou na manhã desta segunda-feira (14) um balanço dos primeiros cem dias de sua gestão à frente da administração municipal. Em entrevista à imprensa, ele destacou que a proposta da apresentação é traçar um norte para o governo e mostrar à população os primeiros passos do novo mandato.
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"Todo governo, ao apresentar seus cem dias, quer criar uma linha, um sinal de como a administração vai caminhar. A nossa será baseada em uma política de resultados, com foco em desenrolar os problemas de Piracicaba, mas a gente sabe que dentro de cada problema não tem só um nó tem muitos nós", afirmou Zanatta. Ele reforçou que muitas das dificuldades enfrentadas exigem soluções complexas e que o trabalho da gestão depende do apoio da Câmara de Vereadores e da compreensão da população.
O prefeito pediu paciência à população, lembrando que mudanças significativas em uma cidade do porte de Piracicaba, com perfil metropolitano, não ocorrem de forma imediata. “Claro que em cem dias não é possível resolver tudo. Mas acredito que já estamos mostrando como vamos atuar”, disse.
O ponto mais delicado da atual gestão, segundo Zanatta, é a área financeira. O prefeito explicou que o orçamento executado em 2025 ainda é fruto do planejamento da gestão anterior, com base em um Plano Plurianual (PPA), Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e Lei Orçamentária Anual (LOA) que não refletem a visão da atual administração.
“Quando cada pasta começa a executar, você começa a ver os gargalos. E percebemos que os recursos financeiros não estão compatíveis com o orçamento previsto. Precisamos lembrar que existe a Lei de Responsabilidade Fiscal, que não permite gastar mais do que se arrecada”, afirmou o prefeito, lembrando que o descumprimento da legislação pode acarretar punições administrativas e até criminais.
Por esse motivo, segundo ele, a prefeitura editou, no começo do ano, um decreto de contingenciamento de despesas, como medida preventiva. Segundo Zanatta, o objetivo é garantir equilíbrio financeiro enquanto se observa o comportamento da arrecadação ao longo do ano.
“Nós ainda não conhecemos totalmente a execução deste orçamento anterior. E, como cidadãos, todos estamos atentos à situação econômica do país, com incertezas como o comportamento do dólar, a taxação internacional, entre outros fatores. Como gestores públicos, precisamos agir com responsabilidade”, concluiu.