27 de julho de 2024
ATAQUE A FOX

Caso Fox: ‘Ele saiu correndo, chorou e foi pra uma praça’, diz defesa sobre dono do bull

Por Xandu Alves | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 3 min
Reprodução / Redes Sociais
Tutor do bull terrier com cachorro em rua de São José

O ataque ao spitz alemão Fox se tratou de um acidente e não houve atiçamento do animal por parte do tutor, Umberto Vieira Ghilarducci, 43 anos. Ele ainda não teria prestado socorro ao animal ferido por ter ficado assustado com a situação.

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Essa é a principal linha da defesa de Umberto feita pelo advogado Luiz Antonio Lourenço da Silva, mais conhecido como ‘Chacrinha’.

Após o ataque ao Fox em 9 de outubro, no Jardim América, na região sul de São José dos Campos, o cachorro morreu em 25 de outubro em decorrência das graves lesões.

RESPONSÁVEL

A Polícia Civil aponta Umberto como responsável pelo ataque e a Justiça decretou a prisão preventiva dele, que segue foragido. Para Silva, o cliente vem sendo perseguido.

“Ele saiu correndo, chorou e foi para uma praça porque ele viu que o cachorro dele atacou o outro, mas ele não viu a extensão do dano”, disse o advogado em entrevista exclusiva a OVALE.

O defensor afirmou que a tela de proteção do portão da casa de Fox estava rompida e que o cachorro teria se projetado com “meio corpo para a rua”, momento que se deu o ataque do bull terrier.

“O cachorrinho spitz, infelizmente, se projetava com mais de meio corpo para a rua e quando Umberto foi abrir o portão, o cachorro dele deu o bote no cachorro. Não teve nenhum atiçamento”, disse o advogado.

“Quando o cachorrinho latiu, ele [Umberto] saiu assustado. Ele não viu que tinha acontecido, tanto é que existem imagens no processo. Ele saiu correndo, chorou e foi para uma praça, porque ele viu que o cachorro dele atacou o outro, mas ele não viu a extensão do dano.”

Silva impetrou um habeas corpus para revogar a prisão preventiva decretada contra Umberto. Em pedido liminar, a revogação foi negada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. O mérito ainda não foi analisado.

HABEAS CORPUS

Perguntado se Umberto vai se apresentar, o advogado disse que vai esperar a decisão sobre o habeas corpus.

Silva é bastante crítica à conduta da Polícia Civil no caso Fox e disse que imagens de câmeras de segurança foram manipuladas para prejudicar o acusado.

Ele também nega que Vinicius, o amigo que estava com Umberto no momento do ataque ao Fox, teria “dado risada e limpado as mãos na bermuda”.

“É muita invenção. E a história de que ele teria escondido o focinho [do Fox] também não procede.”

O advogado criticou pessoas que estariam atrás de “cinco minutos de fama” no caso do cachorrinho. Ele admite que Umberto errou ao sair com o cão sem focinheira, mas nega que o ataque tenha sido proposital.

“Foi um acidente. O Umberto pega cachorro de rua, ele tem mais dois cachorro vira-latas. Ele está muito chateado pelo resultado e por ter sido decretado uma prisão em função do ataque do cachorro que ele não teve qualquer culpa”, afirmou Silva.

“Ele estava andando sem focinheira, isso não pode. Mas acusar que ele atiçou o cachorro está errado”, completou o defensor.

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