A família do spitz alemão Fox anunciou para esta quinta-feira (25), em Pindamonhangaba, o velório e enterro do cachorrinho que lutou por 16 dias para sobreviver ao ataque brutal de um bull terrier em São José dos Campos. Após extenso tratamento, Fox descansou por volta das 13h desta quarta-feira (25), num hospital veterinário da capital paulista, onde estava internado desde o dia 19.
Conforme informado na página fox.guerreiro, no Instagram, a cerimônia de despedida e enterro serão no crematório de animais de Pinda, localizado na Estrada Municipal Francisco Barros Abreu, 800, bairro Borba, às 15h30. A cerimônia é aberta ao público.
Morte de Fox
O cãozinho morreu nesta quarta, na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do hospital veterinário em Moema. A causa da morte ainda não foi divulgada.
Ele sofreu sérias lesões decorrentes do ataque de um cachorro da raça bull terrier, em 9 de outubro, no Jardim América, na região sul de São José.
A agressão provocou problemas de saúde em cascata no Fox, que precisou de sonda para se alimentar e beber água e teve uma parada cardíaca.
Ele passou ainda por três cirurgias e outras intervenções eram cogitadas. Uma traqueostomia foi efetuada para que o cãozinho pudesse respirar.
A condição de saúde de Fox vinha oscilando nos últimos dias. Ele passou por duas transfusões de sangue para atenuar o quadro de anemia. Ele também estava com pneumonia e havia perdido metade do pulmão esquerdo, que não voltaria a funcionar.
Na terça-feira (24), Sofia Albuquerque, 24 anos, uma das tutoras do Fox, chegou a comemorar os avanços apresentados pelo cachorrinho; a família esperava que ele melhorasse o suficiente para receber uma prótese de focinho.
Relembre o caso
Na noite do dia 9, o cãozinho estava no portão da casa da família quando foi brutalmente atacado pelo bull terrier, que arrancou seu focinho e deixou sua face desfigurada. O tutor do bull e um amigo são investigados pela Polícia Civil, que tem imagens de vídeo do ataque. Intimados a depor, o homem e seu amigo não se apresentaram à polícia.
Justiça por Fox
A família cobra da Justiça que o tutor que atiçou o bull terrier, usando-o como arma, responda criminalmente pelo ato. Segundo Sofia, a família vai continuar com o movimento para recolher assinaturas e propor o projeto da ‘Lei Fox’, que altera leis federais para punir, com regime fechado, quem use cachorros como armas.
De acordo com a atual lei, a pena contra maus-tratos é de detenção de três meses a um ano, e multa. A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal. Portanto, teoricamente, a pena do tutor do animal que atacou Fox seria ampliada.