O perfil do spitz alemão Fox nas redes sociais recebeu ao menos três denúncias de outros ataques cometidos pelo cachorro bull terrier que desfigurou o cãozinho em São José dos Campos.
As mensagens apontam que o tutor do bull terrier tem agido com violência com o cachorro nas ruas, contra outros animais, em circunstâncias parecidas com o caso de Fox, que segue batalhando pela vida.
No dia 9 de outubro, após reclamar de latidos do Fox, o tutor do bull terrier levou o cachorro até o portão da casa da família de Fox e teria instigado o cachorro a atacar o spitz alemão, que foi encontrado sangrando e sem o focinho. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil.
“Uma terceira vítima me procurou”, disse a tutora de Fox. “Quantos bichinhos precisam morrer”.
Segundo ela, a mulher disse que não fez nenhuma denúncia na época porque o pai do tutor do bull terrier teria arcado com as despesas médicas do cachorro atacado.
O caso de Fox vem ganhando repercussão nacional. Defensor da causa animal e eleito deputado federal por São Paulo, o delegado Bruno Lima (PP) enviou dois assessores para conversar com a família tutora de Fox. Ele é idealizador do projeto ‘Cadeia para maus tratos’.
“A família de Fox acredita que o ataque pode ter sido incentivado pelo tutor do terrier, que parece irritar-se com os latidos de Fox. Este é um triste lembrete de que a luta contra o mau tratamento aos animais é uma causa que precisa de nossa atenção constante. Vamos continuar a apoiar e dar voz aos animais que não podem falar por si mesmos”, disse Luís Costa, assessor do parlamentar.
Em São José, o tutor do bull terrier foi intimado pela Polícia Civil e deve ser ouvidos nos próximos dias. A família tutora de Fox também estuda processar o tutor judicialmente.
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