16 de dezembro de 2025
DISPUTA

‘Não é a primeira e não será a última’, diz organização da Marcha da Maconha em São José

Por Da redação | São José dos Campos
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Reprodução
Marcha da Maconha em São José dos Campos

A organização do movimento Marcha da Maconha em São José dos Campos manteve a realização do evento mesmo após a Câmara da cidade aprovar, na última quinta-feira (28), o projeto do prefeito Anderson Farias (PSD) que visa proibir a realização da manifestação e eventos similares em vias e espaços públicos do município.

Na página oficial do movimento no Facebook, que reúne 3.000 seguidores, os organizadores postaram mensagens garantindo que o evento será realizado no dia 7 de outubro, como programado.

“Estamos prontos”, diz postagem no perfil do grupo, com a foto de um cartaz do evento, que traz a frase “Não é a primeira e não será a última”.

“Lutamos pelo direito do uso adulto e medicinal da planta e ao autocultivo e mais acesso pelo SUS”, diz a organização da Marcha, que conta com apoio da Articulação Nacional de Marchas da Maconha.

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GENOCÍDIO

Segundo o movimento, a guerra às drogas é “um genocídio ao povo preto e periférico”. “Queremos o fim do encarceramento em massa. Somos antiproibicionistas a favor da descriminalização das drogas com políticas de redução de danos”.

A Marcha da Maconha tornou-se um embate entre o movimento e o prefeito de São José, que gravou um vídeo afirmando que o evento não será realizado na cidade.

A posição do mandatário recebeu respaldo da maioria dos vereadores de São José, com o projeto de Anderson recebendo apenas um voto contrário, da vereadora Amélia Naomi (PT).

SUPREMO

No entanto, a organização da Marcha da Maconha se ampara em decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de 2011, quando a Corte analisou a matéria e afirmou que a manifestação pode ser realizada com “comunicação prévia, organização pacífica e sem uso da substância durante o ato”.

Em São José, os organizadores do movimento defendem que a realização da Marcha é “um direito constitucional”.

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