Uma das lideranças da oposição em Campinas, a vereadora Mariana Conti (PSOL) disse que as moradias de 15 m² na cidade, embora sejam uma conquista por serem “fruto de uma luta”, reforçam a desigualdade social. Ela concorda que o projeto é insuficiente.
“Mostra que a prefeitura, do ponto de vista da moradia, reforça as desigualdades. Dá isenção para os grandes empreendimentos imobiliários e reforça a desigualdade. Há ausência de política robusta de moradia popular”.
Vereadora mais votada em 2020, Mariana disse que a prefeitura “tem feito muita propaganda e esconde os reais problemas” na área da habitação e em outros setores da vida da população.
“Prefeitura faz propaganda quase cosmética das políticas de urbanização e esconde os reais problemas. As pessoas estão sentindo”, disse.
Ainda sobre as casas de 15 m² do Residencial Mandela, Mariana disse que as moradias são uma conquista por serem “fruto de uma luta que vem de anos do movimento popular de Campinas, da ocupação. Uma luta bastante corajosa de garantir a moradia popular”.
A vereadora disse que o movimento avalia como “conquista e não como o fim” o projeto das casas, como um primeiro passo.
“Vamos continuar batalhando e lutando. Temos que ser críticos ao projeto e 15 m² é pequeno, mas o movimento avalia como um passo para conquistar mais. A luta se mantém”, disse a vereadora, que está no segundo mandato.
“O projeto é insuficiente e a prefeitura tem feito uma política de costas para a necessidade da população mais pobre. Esse projeto simboliza isso. [A administração] se movimenta a partir das pressões e das demandas e da força do movimento, mas ainda insuficiente. Processo para que consigamos melhorar e dar condições dignas de vida.”
LEIA MAIS: Casa embrião de 15 m² é ‘moradia doente’ e traz riscos de ‘precariedade habitacional’