A Deic (Delegacia de Investigações Criminais) de São José dos Campos informou que o celular do joseense Décio de Castro Santos Júnior, de 23 anos, pôde ser rastreado na região central de São Paulo. O jovem, que faz tratamento contra a depressão e é dependente químico, está desaparecido desde o dia 18 de janeiro, quando saiu de casa, na zona sul de São José, e não deu mais notícias sobre seu paradeiro.
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A família do desaparecido relata ter recebido informações da Polícia Civil que indicavam que o celular de Décio poderia estar nas 'redondezas da Cracolândia'.
"O celular foi rastreado, agora, não se sabe se ele está por lá também. Por enquanto, ainda não foi confirmado", comentou a família.
A versão, porém, não foi confirmada por Neimar Camargo, delegado responsável pelo caso, em entrevista a OVALE.
"Na última pesquisa que fizemos, sim, constou na região central de São Paulo. Não dá para falar que é Cracolândia", respondeu o delegado.
A Polícia Civil da capital paulista foi notificada sobre a ocorrência e diligências também são movidas pela região.
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INVESTIGAÇÃO.
Na conversa com a Deic, OVALE obteve detalhes sobre o prosseguimento das investigações referentes à localização de Décio de Castro.
"Inquéritos policiais foram instaurados para apurar os fatos. Foram oficiados operadoras de telefonia, bancos, aplicativos de transporte, aplicativos de comida", explicou Neimar Camargo.
"Temos que afunilar e intensificar a procura do Décio", complementou. O objetivo é tentar traçar uma linha por onde o jovem possa ter sido visto pela última vez.
O notebook do desaparecido, deixado em casa antes do sumiço, será encaminhado à perícia. Até o momento, não há gravações de câmeras do CSI (Centro de Segurança e Inteligência) por onde Décio seja flagrado.
O CASO.
Décio de Castro Santos Júnior, 23, desapareceu no último dia 18 de janeiro na zona sul de São José dos Campos. Ele e a mãe moravam sozinhos. A genitora saiu para trabalhar e o jovem, muito apegado a ela, a ligou por diversas vezes para conversar.
Quando chegou em casa, já no período da noite, Sueli Leme não encontrou o filho na residência. O jovem sumiu apenas com a roupa do corpo e o celular. Ele fez uma transferência monetária para um app de banco antes de sair.
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Sueli realizou buscas por adegas próximas, mas não encontrou Décio. Como era de costume que ele saísse com frequência, a mulher não estranhou tanto a situação.
Por volta de 1h de 19 de janeiro, ele ligou para a mãe, mas ela não atendeu. Sueli olhou o celular apenas às 3h, mas não obteve retorno ao tentar contato.
O último rastro deixado pelo desaparecido, um status no aplicativo WhatsApp, indicava que ele poderia ter se dirigido para Ubatuba, por mais que não tivesse conhecidos na cidade do Litoral Norte. Desde então, o paradeiro do jovem segue um completo mistério. Alguns boatos foram recebidos e apurados por parentes e amigos.
Uma irmã de Décio, que mora em Caraguatatuba, fez buscas por Ubatuba, mas não encontrou pistas. Relatos também contavam que o desaparecido poderia ter sido visto na Estação Ferroviária de Jacareí e também em Taubaté. A Polícia Civil segue investigando o caso.
A mesma irmã informa que Décio luta contra a depressão há, pelo menos, três anos. Neste meio tempo, ele já tentou suicídio por algumas vezes.
Semanalmente, o jovem recebia tratamento psicológico em uma unidade do Caps (Centro de Atenção Psicossocial) de São José.
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Combate ao Suicídio: O CVV – Centro de Valorização da Vida realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por telefone, email e chat 24 horas todos os dias. O telefone é 188 e o site é o www.cvv.org.br.